O Conselho de Administração da Eletrobras deu o aval para o fechamento de capital da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), uma medida estratégica inserida no Plano de Transformação. Essa iniciativa tem como objetivo principal a redução de custos, a padronização de processos e a completa integração da gestão das empresas pertencentes ao grupo Eletrobras.
A decisão tomada considerou o início das negociações com os detentores de debêntures emitidas pela Extremoz Transmissora do Nordeste (ETN), uma sociedade que foi incorporada e sucedida pela Chesf. Isso ocorreu com o propósito de que a Eletrobras assuma todas as obrigações relacionadas à primeira emissão de debêntures simples da ETN.
A concretização dessa operação também depende da efetivação da assunção da dívida e do cancelamento do registro de emissor de valores mobiliários categoria “A” da Chesf perante a Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O saldo devedor dessa emissão, em 30 de junho de 2023, totalizava R$ 146,8 milhões.
A concretização da assunção da dívida pela Eletrobras, que visa possibilitar o cancelamento do registro da Chesf, está sujeita à aprovação dos detentores de debêntures em uma Assembleia Geral, a ser convocada posteriormente, e à prévia aprovação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O cancelamento efetivo do registro da Chesf também está condicionado à aprovação da CVM, conforme anunciado pela Eletrobras na sexta-feira.
Possíveis desdobramentos para investidores
Investidores atentos à Eletrobras devem acompanhar de perto os desdobramentos dessa decisão. O fechamento de capital da Chesf representa uma etapa importante no processo de reestruturação da empresa e pode ter impactos significativos em sua valorização no mercado. A integração das operações das empresas do grupo Eletrobras pode resultar em sinergias operacionais e redução de custos, o que pode ser positivo para os investidores.
No entanto, é fundamental que os detentores de debêntures da ETN avaliem cuidadosamente os termos da assunção da dívida pela Eletrobras, bem como os impactos que essa operação pode ter em seus investimentos. Além disso, a aprovação da Aneel e da CVM é crucial para a conclusão do processo, e os investidores devem acompanhar de perto os desenvolvimentos relacionados a essas aprovações.
No geral, a decisão da Eletrobras de fechar o capital da Chesf é um movimento estratégico que pode trazer benefícios significativos para a empresa e seus acionistas. No entanto, como em qualquer operação financeira complexa, é importante que os investidores estejam bem informados e monitorem de perto os acontecimentos futuros relacionados a essa transação.
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