Nesta terça-feira (19), o mercado cambial internacional apresenta um cenário morno, indicando uma leve queda do dólar na abertura do dia. Esse panorama influencia uma abertura fraca da moeda norte-americana no mercado brasileiro. Apesar disso, o dólar já acumula quatro quedas consecutivas em relação ao real, resultando em uma perda de 1,92% no mês e testando o suporte dos R$ 4,85. No entanto, à véspera das decisões de política monetária dos bancos centrais dos Estados Unidos e do Brasil, a expectativa é de um mercado cauteloso, com investidores evitando assumir posições mais expressivas.
De acordo com Silvio Campos Neto, economista-chefe da Tendências Consultoria, “Apesar do quase consenso de manutenção dos juros no encontro desta quarta, os investidores ficam na expectativa pelos recados que serão fornecidos pela autoridade monetária (Federal Reserve), em especial o gráfico de pontos, com a trajetória da taxa de juros esperada pelos dirigentes, que deve manter no jogo mais uma elevação da taxa e reforçar a visão de corte lento a partir de 2024”.
No início do dia, a agenda econômica destaca o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) de julho, considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. A mediana das estimativas aponta para um aumento de 0,35% no indicador, após uma alta de 0,63% em junho.
Falando em PIB, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) revisou para cima suas projeções para o crescimento do PIB global neste ano, passando de 2,7% para 3%, e no caso do Brasil, de 1,7% esperado em junho para 3,2% agora.
Às 8h44, o Dollar Index (DXY), que mede a variação do dólar em relação a uma cesta de seis moedas fortes, registrava uma queda de 0,26%, impulsionada pelo recuo da moeda americana frente ao euro (-0,14%) e à libra (-0,15%). Em relação às moedas de países emergentes, o dólar estava em baixa frente ao dólar australiano (-0,44%), dólar neozelandês (-0,44%), rand sul-africano (-0,42%) e peso mexicano (-0,26%), mas estava em alta em relação ao rublo russo (+0,20%) e à lira turca (+0,13%). Enquanto isso, os preços do petróleo avançavam nos mercados futuros de Nova York e Londres.
Imagem: Domínio Público