O dólar à vista encerrou a sessão desta segunda-feira, (18), em queda moderada no mercado doméstico de câmbio, alinhado ao sinal predominante de baixa da moeda americana no exterior, em semana marcada por decisão de política monetária aqui e nos Estados Unidos, na chamada “super quarta“, dia 20.
Queda persistente e recuperação do real
Em pregão morno e de oscilação de pouco mais de três centavos entre a mínima (R$ 4,8418) e a máxima (R$ 4,8789), a divisa fechou a R$ 4,8561, recuo de 0,31%. Esta queda marca o quarto pregão consecutivo de desvalorização do dólar à vista, acumulando um total de 1,95% nesse período.
A recuperação do real nas últimas sessões se deve, em parte, à melhora do quadro para commodities, na esteira de medidas do governo chinês para estimular a atividade econômica.
China e a expectativa por estímulos
Antes da “super quarta”, o Banco do Povo da China (PBoC) anuncia, na terça-feira (19), à noite, a nova taxa de juros de referência de 1 e 5 anos. Embora não seja esperada alteração neste momento, há expectativa de que possa haver novos estímulos monetários à frente.
Fed e Copom: o que esperar?
Na quarta-feira, é considerado certo que o Federal Reserve vai manter a taxa básica inalterada, na faixa entre 5,25% e 5,50%, ao passo que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central vai anunciar nova redução da taxa Selic em 0,50 ponto porcentual, para 12,75% ao mês. As atenções estarão voltadas para os sinais dos BCs sobre os próximos passos da política monetária. Especula-se que o Fed pode deixar a porta aberta para uma elevação residual da taxa básica americana neste ano. Por aqui, as especulações giram em torno da possibilidade de o BC acelerar o ritmo de corte da Selic nos próximos meses.
Imagem: Piqsels