As bolsas europeias apresentaram desempenhos divergentes nesta segunda-feira, em um cenário marcado pela expectativa em torno do índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos e pela próxima decisão do Banco Central Europeu (BCE). Esses eventos têm potencial para influenciar os rumos dos mercados e impactar os investidores.
- FTSE 100 (Londres) registrou um ganho de 0,41%, fechando aos 7.527,53 pontos;
- DAX (Frankfurt) apresentou uma leve queda de 0,54%, encerrando aos 15.715,53 pontos;
- CAC 40 (Paris) teve uma redução de 0,35%, encerrando aos 7.252,88 pontos;
- FTSE MIB (Milão) subiu 0,21%, alcançando os 28.584,58 pontos;
- Ibex 35 (Madri) avançou 0,26%, fechando aos 9.459,80 pontos;
- PSI 20 (Lisboa) teve uma pequena queda de 0,04%, aos 6.153,34 pontos.
Expectativas e incertezas
A expectativa em relação ao CPI americano, que será divulgado em breve, tem gerado preocupações entre os investidores. A possibilidade de uma aceleração nos preços nos Estados Unidos pode indicar que o Federal Reserve (Fed) ainda não concluiu seu ciclo de aperto monetário, o que impactaria a economia global.
Na zona do euro, as incertezas sobre as ações futuras do BCE contribuíram para a cautela nos mercados acionários da região. Os investidores estão divididos sobre a possibilidade de o Banco Central Europeu implementar sua décima rodada de aumentos nas taxas de juros.
Destaque para empresas
No mercado europeu, algumas empresas se destacaram. O papel da Stellantis avançou 2,59%, impulsionando o desempenho da Bolsa de Milão. Isso ocorreu no contexto das negociações com o sindicato americano de trabalhadores de montadoras (United Auto Workers, UAW), que reduziu suas demandas salariais de 40% para 30%, segundo relatos da imprensa.
Em Londres, a alta foi impulsionada pela ação da Associated British Foods, que registrou um aumento de 5,50%. A empresa, proprietária da varejista Primark, elevou suas projeções fiscais para 2023 pela segunda vez no ano. Além disso, o Barclays também se destacou, com ganhos de 2,52%, após o anúncio de demissões em massa de 450 pessoas. Esses movimentos sugerem um aumento na confiança do investidor no FTSE 100.
Preferência por ações dos EUA
O banco suíço Julius Baer expressou sua preferência por ações dos Estados Unidos em relação às europeias. Eles observaram que as ações europeias perderam seu desempenho superior em relação ao mercado acionário americano desde outubro do ano passado. Além disso, destacaram a resiliência da dinâmica econômica nos Estados Unidos, em contraste com a fraqueza na Europa.
O banco também apontou que as ações dos EUA estão mais expostas aos setores de tecnologia da informação, comunicações e cuidados de saúde, especialmente relacionados à inteligência artificial (IA), o que tem impulsionado o crescimento das ações neste ano.
Imagem: Piqsels