A cada 26 horas, o mundo contabilizava um novo bilionário e 160 milhões novas pessoas entram na faixa da pobreza. Esse ritmo nunca foi tão rápido quanto desde que a pandemia de Covid-19 começou.
No total, o capital dos bilionários ao redor do mundo cresceu mais em 19 meses de pandemia do que durante a última década inteira. Os dados foram divulgados pela Oxfam, organização internacional, que atua em mais de 90 países na busca de soluções para o problema da pobreza, desigualdade e da injustiça.
No relatório “A Desigualdade mata”, lançado neste domingo (16/01), foi apurado que a fortuna dos 10 homens mais ricos do mundo duplicou, enquanto a renda de 99% da humanidade caiu.
No Brasil a lógica se repete em uma escala um pouco diferente. Desde março de 2020, o país ganhou mais dez bilionários. Enquanto estes contabilizam um acréscimo de 30% às suas fortunas, 90% da população comum teve uma redução de 0,2%, entre 2019 e 2021.
Ademais, em 2020, cerca de 116,8 milhões de brasileiros estavam em situação de insegurança alimentar e 19,1 milhões, em condição de fome. Esses números representam cerca de 64% da população do país, sendo mais do que a população inteira do México, 11º país mais populoso do mundo.
Segundo dados do relatório da Oxfam, cerca de 21 mil pessoas morrem todos os dias, ou uma pessoa a cada quatro segundos, devido a complicações relacionadas a desigualdade.
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