O grupo dos Brics anunciou uma expansão histórica que elevará sua composição de cinco para onze membros plenos a partir do próximo ano. Além dos cinco novos membros avaliados anteriormente – Arábia Saudita, Argentina, Egito, Emirados Árabes Unidos e Irã – a Etiópia foi autorizada a se juntar ao bloco, marcando um marco inédito de ampliação em conjunto. A China, com seu impulso, liderou essa decisão que reflete um passo importante na busca por coesão e representatividade em meio a disputas geopolíticas. A escolha dos países, guiada por critérios políticos e socioeconômicos, demonstra uma abordagem mais inclusiva.
China impulsiona expansão do Brics para fortalecer coesão e influência
A decisão de expansão, impulsionada pela China, traz um novo vigor ao Brics e busca uma maior representatividade econômica em comparação ao G7, especialmente em um contexto geopolítico desafiador. O presidente chinês, Xi Jinping, ressaltou a importância dessa expansão como um ponto de partida para cooperação reforçada, fortalecendo não apenas os laços dentro do grupo, mas também a paz e o desenvolvimento global.
Ampliação além do grupo original: Rússia busca novas relações, Putin comenta sobre ordem mundial
A Rússia, um dos membros originais, almeja expandir suas relações internacionais, dado o isolamento enfrentado após a crise na Ucrânia. O presidente russo, Vladimir Putin, enfatizou que o Brics não busca competir com outras potências, mas sim formar uma nova ordem mundial. Ele apontou que essa emergente ordem enfrenta oposição por parte de interesses estabelecidos, os quais buscam manter a ordem atual que os beneficia.
Novos membros e projeção econômica do Brics
Com a adesão desses novos países, o Brics passa a reunir 46% da população mundial e abarcar 36% do PIB global em termos de paridade de poder de compra. A adição desses novos membros não apenas aumenta a escala, mas também reforça o caráter inclusivo e colaborativo do grupo.
Avanços futuros e busca por novos membros
Os líderes dos Brics encomendaram aos ministros das Relações Exteriores a tarefa de desenvolver um modelo de parceria, juntamente com uma lista de possíveis países parceiros. Essa abordagem poderá resultar na criação de uma nova categoria de participação no bloco. Avanços concretos nesse sentido são aguardados para a 16ª Cúpula, marcada para 2024 na Rússia. Essa abertura para novos membros reflete a disposição contínua do grupo em expandir e fortalecer suas conexões globais.
Imagem: Marcos Corrêa/PR