São Paulo, 30 de maio de 2023 – As taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DI)
continuam recuando, pressionadas pelos dados do Indice Geral de Preços Mercado (IGP-M) que vieram
abaixo das expectativas. No exterior, as quedas das commodities se somam à proximidade da reunião
da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+). Investidores acompanham,
ainda, o desenrolar das negociações em torno do teto da dívida norte- americana, que deve ser
votada na Câmara dos Representantes.
Os petróleo está em queda por conta da incerteza dos investidores a respeito da confirmação do
acordo do teto da dívida, além da expectativa a respeito da reunião dos membros da Organização
dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+), em 4 de junho.
O presidente norte-americano, Joe Biden, e o presidente da Câmara dos Representantes, Kevin
McCarthy, fecharam um acordo no fim de semana e devem ser aprovados no Congresso dos Estados Unidos
antes de 5 de junho, dia em que o Departamento do Tesouro diz que o país não será capaz de
cumprir suas obrigações financeiras, o que pode atrapalhar os mercados financeiros.
"Um calote potencial teria repercussões econômicas catastróficas no mercado interno e global, o
que teria um impacto adverso na demanda de petróleo", disse Tamas Varga, da PVM Oil.
Por aqui, o mercado segue repercutindo o recuo da inflação:
"O IGP-M veio abaixo do esperado, e a gente observa que as curvas de juros também recuam também,
em razão disso. Ou seja, uma queda na expectativa de juros. Em linhas gerais, o mercado ainda está
tentando medir – quando a gente olha DI futuro – quando vai vir esse corte de juros", diz Luives.
O Indice Geral de Preços Mercado (IGP-M) caiu 1,84% em maio, após queda de 0,95% no mês
anterior. Com este resultado, o índice acumula taxa de -2,58% no ano e de -4,47% em 12 meses. Em
maio de 2022, o índice havia subido 0,52% e acumulava alta de 10,72% em 12 meses. De acordo com o
Termômetro CMA, a expectativa era de queda de 1,77% em maio e baixa de 4,39 % em 12 meses.
"Abertura negativa para a curva de DI futuro, após IGP-M abaixo das expectativas e com forte
deflação no atacado – que deve chegar ao varejo nos próximos meses", projeta o economista-chefe
da Nova Futura, Nicolas Borsoi.
Por volta das 12h50 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2024 tinha taxa de 13,210% de
13,220 % no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2025 projetava taxa de 11,460 % de 11,470%, o DI
para janeiro de 2026 ia a 10,905 %, de 10,950%, e o DI para janeiro de 2027 com taxa de 10,930 % de
10,970 % na mesma comparação. No mercado de câmbio, o dólar operava em alta, cotado a 5,0580
para venda.
Camila Brunelli / Agência CMA
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