O dólar fechou em alta de 0,18%, cotado a R$ 4,9829. A moeda refletiu, ao longo da sessão, a resiliência da economia norte-americana e a queda das commodities, em especial o minério de ferro. A ata do Comitê de Política Monetária (Copom) e a leitura acima das expectativas do IPCA-15 em março também contribuíram para manter o mercado de câmbio cauteloso.
Durante o dia, o dólar teve uma variação de menos de três centavos entre a mínima (R$ 4,9664), pela manhã, e a máxima (R$ 4,9938), no início da tarde. No acumulado de março, registra leve valorização de 0,21%.
Influências no mercado
Fatores técnicos, como o início da rolagem de posições no segmento futuro, às vésperas da disputa pela formação da última taxa Ptax do mês, na quinta-feira (29), também influenciaram no comportamento do real. A baixa liquidez no mercado spot foi evidenciada pela cotação do dólar futuro para abril, que ficou abaixo do valor do dólar à vista.
Análise de especialistas
Segundo o sócio da Ethimos Investimentos, Lucas Brigato, “o câmbio está de lado, o dólar até que está comportado”. Brigato entende que o índice de preços para os gastos pessoais (PCE), que será divulgado nesta sexta, pode mudar a percepção sobre o rumo dos juros nos Estados Unidos.
Para o economista-chefe do Banco Bmg, Flávio Serrano, o movimento de hoje tem influência dos sinais de que a economia estadunidense segue fortalecida, além da desvalorização das commodities.