Nesta quarta-feira, o mercado financeiro global enfrentou fortes quedas, refletindo um cenário de crescente insegurança em meio ao aumento das tensões geopolíticas e às incertezas sobre políticas monetárias.
No Brasil, o Ibovespa, principal índice da bolsa, encerrou o dia com queda de 0,17%, chegando a 124 mil pontos. Nos Estados Unidos, o S&P 500 recuou 0,58%, enquanto o Nasdaq, focado em tecnologia, caiu 1,15%.
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Escalada da guerra nas decisões do Fed e do BC brasileiro
O medo do mercado está ligado à escalada da guerra, o que torna desafiadora a perspectiva de corte de juros tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil. A alta dos preços em tempos de conflito pode levar a um cenário inflacionário, tornando improvável a redução das taxas de juros. No Brasil, o presidente do Banco Central, Campos Neto, sugeriu que as reduções futuras podem ter um ritmo mais moderado devido ao atual contexto global.
Com as incertezas, investidores têm retirado recursos de mercados emergentes, como o Brasil, contribuindo para o sexto pregão consecutivo de queda na bolsa brasileira. A perspectiva de insegurança global tem influenciado as decisões de investimento, especialmente diante das eleições nos EUA, que historicamente limitam movimentos agressivos de corte de juros.
Cenário corporativo
No cenário nacional, destaca-se o desempenho positivo da Locaweb no pregão, enquanto Marfrig e CVC lideraram as quedas. Além disso, uma notícia relevante para o mercado é o investimento da Microsoft de R$ 1,5 bilhão em uma startup de inteligência artificial árabe, visando também a competição com o mercado chinês nesse setor estratégico.