O dólar comercial fechou em alta de 0,25%, cotado a R$ 5,0830. A moeda norte-americana refletiu, ao longo da sessão, o temor de uma recessão nos Estados Unidos, além do arcabouço fiscal doméstico que permanece no radar.
Segundo a economista-chefe da Veedha Investimentos, Camila Abdelmalack, “a reação do real foi relevante nos últimos dias, e hoje temos uma queda do DXY, com a leitura sobre o mercado de trabalho”.
Abdelmalack refere-se ao relatório Jolts, que apontou a criação de 9,931 milhões de postos de trabalho em fevereiro nos Estados Unidos, uma queda sensível na comparação com o resultado de janeiro (10,563 milhões).
A economista entende que os próximos dados sobre o emprego dos Estados Unidos – ADP, amanhã, e o payroll (folha de pagamento), na sexta – deverão balizar os próximos passos do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).
De acordo com o economista-chefe da Infinity Asset, Jason Vieira, “o real está na contramão do mercado internacional”. O economista entende que o payroll (folha de pagamento), que será divulgado, será um importante indicador dos próximos passos do Fed.
Para a economista do Banco Ourinvest Cristiane Quartaroli, “as atenções se voltam novamente para os próximos passos do banco central americano após dados mais fracos de indicadores dos Estados Unidos.
O índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) da Indústria norte-americana, em março, foi de 46,3 pontos, abaixo do consenso do mercado (47,5 pontos). Abaixo da linha divisória de 50 pontos, o indicador sugere desaceleração econômica.
Quartaroli observa que as discussões que envolvem o arcabouço fiscal doméstico seguem como o principal driver interno.
Paulo Holland / Agência CMA
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