O lucro líquido da Petrobras em 2023 atingiu R$ 124,6 bilhões, o segundo melhor resultado de sua história, conforme divulgado pela estatal na noite desta quinta-feira (08). Apesar disso, o valor representa uma queda de 33,8% em relação ao ano anterior, principalmente devido à redução no preço internacional do petróleo, ficando abaixo do esperado pelo mercado (chamado consenso).
Com o balanço, diversos bancos estrangeiroscortaram a recomendação de compra para as ações Petrobras.
Segundo maior lucro desde 2010
Desde 2010, a empresa enfrentou períodos de prejuízos, especialmente entre os anos de 2014 e 2017, durante o segundo mandato da presidente Dilma Rousseff. O maior prejuízo ocorreu em 2015, quando a estatal reportou um prejuízo de R$ 34,8 bilhões, seguido por R$ 21,5 bilhões em 2014.
Maior lucro, mas quedas permanecem
O preço médio anual do barril do tipo brent em 2023 foi de US$ 82,62, ante US$ 101,19 em 2022, uma diminuição de 18,4%, impactando significativamente o desempenho financeiro da empresa. No quarto trimestre, o preço médio do brent foi de US$ 84,05, 5,3% abaixo do mesmo período do ano anterior e 3,1% menor que nos três meses anteriores.
Bom desempenho
Apesar dos desafios, a Petrobras foi uma das empresas do setor que melhor enfrentou a queda nos preços internacionais, de acordo com o diretor financeiro Sérgio Caetano Leite. Ele destacou que a empresa compensou as adversidades aumentando a produção e melhorando a eficiência operacional.
Novos planos
A atual gestão da Petrobras está sinalizando uma mudança de foco no curto prazo, priorizando investimentos que visam maximizar as margens da frente de exploração e produção. Medidas como a troca do pagamento de dividendos por investimentos que perpetuem o valor gerado pela companhia refletem essa nova visão de longo prazo.
Além disso, a empresa comemorou a queda de 9% no custo de extração de petróleo, que ficou em US$ 5,52 por barril de óleo equivalente. Esse desempenho operacional positivo contribui para as perspectivas de geração de valor futuro da companhia.
Imagem: FUP