Nos últimos anos, uma transformação silenciosa tem movimentado o mercado imobiliário brasileiro: a explosão de leilões de imóveis. Basta uma rápida navegação na internet ou nas redes sociais para se deparar com anúncios promissores, imóveis com até 95% de desconto, oportunidades em bancos como Caixa, Santander e Itaú. Mas afinal, por que o leilão de imóveis disparou no Brasil?
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Por que tantos imóveis estão indo a leilão?
O número de imóveis em leilão na Caixa Econômica Federal saltou de 7.700 em 2022 para mais de 25.500 em 2024. Isso representa um aumento de 288% em apenas dois anos. Mas o que está por trás dessa alta?
Inadimplência em financiamentos
O principal motivo da disparada no número de imóveis leiloados é a inadimplência. Em tempos de juros altos e economia instável, muitas famílias têm dificuldades em manter o pagamento do financiamento imobiliário.
O que pouca gente sabe é que, ao assinar um contrato de financiamento, o imóvel continua sendo propriedade do banco até que a dívida seja completamente quitada. Ou seja, o famoso “sonho da casa própria” financiada ainda não é uma realidade até o último boleto ser pago. Se houver inadimplência, o imóvel volta para o banco e é enviado a leilão.
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Dívidas com impostos, como o IPTU
Outro motivo frequente são as dívidas fiscais. Quando o proprietário deixa de pagar o IPTU, por exemplo, a Prefeitura pode iniciar uma ação de execução fiscal. Se não houver outros bens ou recursos para quitar a dívida, o imóvel pode ser leiloado para saldar os débitos.
Dívidas de condomínio
Esse é um dos motivos mais subestimados. Quando o proprietário atrasa o pagamento do condomínio, o próprio condomínio pode entrar com uma ação judicial e levar o imóvel a leilão. E o detalhe mais importante: isso pode ocorrer mesmo que o imóvel esteja ocupado pelo proprietário.
A dívida condominial é considerada “propter rem”, ou seja, vinculada ao imóvel, e não à pessoa. Se o imóvel estiver inadimplente, ele poderá ser leiloado — não importa quem more nele.
Decisões judiciais
Casos de dívidas judiciais, como pensão alimentícia ou partilhas de divórcio, também são causas recorrentes. O juiz pode determinar a penhora e leilão do imóvel para quitar as dívidas. Embora esse motivo seja menos comentado publicamente, ele é comum e frequente em processos judiciais.
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O que está por trás do aumento dos leilões?
Além das causas diretas, como inadimplência e dívidas, existem fatores estruturais que explicam por que o leilão de imóveis disparou no Brasil:
Juros altos
Com o aumento da taxa básica de juros (Selic), os financiamentos imobiliários se tornaram mais caros. Isso dificulta a quitação das parcelas e amplia o número de inadimplentes.
Crise financeira
A instabilidade econômica, a inflação elevada e o desemprego impactaram diretamente o poder de compra da população. Muitos brasileiros passaram a priorizar outras despesas, deixando de pagar o financiamento, o IPTU ou o condomínio.
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Vale a pena investir em imóveis de leilão?
A resposta curta é: depende. Os descontos podem ser realmente atrativos, mas o mercado de leilões exige cautela, preparo e conhecimento.
As vantagens
- Descontos de até 95%: É possível arrematar imóveis com preços muito abaixo do valor de mercado.
- Alta rotatividade de ofertas: Toda semana surgem novos lotes, aumentando as chances de bons negócios.
- Oportunidade para profissionais: Quem atua nesse mercado com frequência consegue identificar oportunidades lucrativas com mais facilidade.
Os riscos
Imóveis ocupados
Muitos imóveis leiloados ainda estão ocupados por antigos proprietários ou inquilinos. Isso significa que você, como arrematante, precisará entrar com uma ação judicial para desocupação. E isso implica em custos com advogados, taxas e tempo, muito tempo.
Sem acesso prévio ao imóvel
Em boa parte dos leilões, você não poderá visitar o imóvel antes da compra. Isso torna a compra um investimento às cegas, e o imóvel pode estar em péssimas condições de conservação, exigindo gastos com reformas que podem comprometer o lucro da operação.
Quem realmente ganha dinheiro com leilões de imóveis?
O vídeo que baseia este artigo levanta um ponto importante: os investidores que mais lucram com leilões de imóveis são aqueles que atuam profissionalmente no setor.
São pessoas que:
- Dedicam-se exclusivamente à compra e revenda de imóveis;
- Estão atualizadas sobre os riscos e tendências do mercado;
- Sabem calcular com precisão os custos envolvidos e o potencial de retorno.
Por outro lado, investidores ocasionais, como médicos, engenheiros ou profissionais de outras áreas, que tentam “fazer um dinheiro extra” com leilões, frequentemente acabam frustrados com os entraves jurídicos, reformas caras e desvalorização dos imóveis.
E se existisse uma forma de investir em imóveis sem dor de cabeça?
Para quem deseja investir no setor imobiliário sem enfrentar os riscos e burocracias dos leilões, uma alternativa promissora são os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs).
Vantagens dos FIIs:
- Renda passiva mensal isenta de imposto de renda;
- Sem preocupações com inquilinos, reformas ou ações judiciais;
- Gestão profissional do patrimônio;
- Possibilidade de começar com valores acessíveis.
Muitos investidores têm migrado dos imóveis físicos para os FIIs em busca de mais praticidade, liquidez e tranquilidade.