Nos últimos anos, o mercado imobiliário brasileiro vem passando por uma transformação silenciosa, mas profunda: o aumento expressivo na oferta de imóveis em leilão. Se você já se deparou com anúncios chamativos como “Imóveis com até 95% de desconto” ou “Oportunidade única em leilões da Caixa”, saiba que esse fenômeno não é mera coincidência. Mas afinal, por que o leilão de imóveis disparou no Brasil?
Neste artigo, você vai entender os motivos dessa explosão no número de leilões, o que leva um imóvel a ser leiloado, os riscos e oportunidades para investidores e como se preparar para entrar nesse universo de forma segura e estratégica.
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O que está por trás da alta nos leilões de imóveis?
A quantidade de imóveis disponíveis em leilões cresceu de forma alarmante nos últimos anos. Segundo dados mencionados no vídeo, apenas na Caixa Econômica Federal, o número de imóveis saltou de cerca de 7.700 em 2022 para impressionantes 25.500 em 2024, um aumento superior a 220%.
Essa disparada tem algumas causas principais:
Alta inadimplência nos financiamentos imobiliários
A maior parte dos imóveis vai a leilão porque os compradores não conseguem arcar com os compromissos financeiros assumidos. Quando alguém financia um imóvel e não paga as parcelas, o banco tem o direito de retomar o bem e levá-lo a leilão para recuperar parte do prejuízo.
Com os juros altos, a inflação elevada e o desemprego ainda afetando parte da população, muitos brasileiros perderam o controle das suas finanças, tornando-se inadimplentes.
Falta de pagamento de impostos
Outro fator recorrente é a dívida de IPTU. Muitas pessoas negligenciam o imposto municipal, acreditando que isso não trará grandes consequências. No entanto, se a dívida se acumula e a prefeitura não consegue receber de outra forma, o imóvel pode ser leiloado para quitar o débito.
Dívidas de condomínio
O não pagamento das taxas de condomínio também pode resultar em leilão do imóvel. Mesmo que o proprietário ainda resida no local, a dívida é considerada “propter rem”, ou seja, ligada diretamente ao bem, independentemente de quem o utilize.
Decisões judiciais
Em alguns casos, o imóvel é levado a leilão por força de decisões judiciais, como em processos de divórcio, partilhas de bens ou pensão alimentícia. Embora menos comentado, esse motivo também representa uma parcela significativa das ocorrências.
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O imóvel financiado é mesmo seu?
Muitos brasileiros ainda acreditam que ao financiar um imóvel, automaticamente se tornam seus proprietários. No entanto, é preciso deixar algo claro: o imóvel permanece em nome do banco até que a dívida seja totalmente quitada.
Ou seja, se você financia um imóvel por 20 ou 30 anos, durante todo esse período, ele continua sendo propriedade da instituição financeira. Isso significa que em caso de inadimplência, o banco pode retomar o bem e leiloá-lo sem complicações.
Leilão de imóveis: oportunidade ou cilada?
Com a explosão de imóveis em leilão, muitos investidores passaram a enxergar nesse mercado uma chance de adquirir imóveis por preços abaixo do valor de mercado. E de fato, isso é possível. Contudo, é fundamental ter cautela, pois os riscos existem e podem ser altos, especialmente para quem não tem experiência no setor.
Principais riscos dos leilões de imóveis
Imóveis ocupados
Grande parte dos imóveis leiloados ainda está ocupada, seja por antigos proprietários, seja por inquilinos. Isso representa um risco jurídico e financeiro, já que será necessário acionar um advogado, arcar com custas judiciais e aguardar um processo que pode durar anos. Durante esse tempo, você não pode alugar, vender ou utilizar o imóvel.
Falta de acesso prévio ao imóvel
Ao participar de um leilão, geralmente você não poderá visitar o imóvel antes da compra. Isso significa comprar “no escuro”, sem saber o real estado de conservação. E muitas vezes, os imóveis precisam de reformas estruturais, o que pode elevar o custo do investimento e afetar a rentabilidade esperada.
Pendências e dívidas ocultas
Apesar de o edital trazer algumas informações importantes, nem sempre todos os débitos estão discriminados. Taxas condominiais atrasadas, contas de água, energia e processos judiciais em andamento podem aparecer somente após a aquisição.
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Quem realmente lucra com leilão de imóveis?
Apesar de todas essas armadilhas, há sim pessoas que lucram com leilões — mas normalmente são investidores profissionais, que se dedicam exclusivamente a isso. Esses profissionais:
- Têm equipe jurídica especializada;
- Sabem analisar editais com profundidade;
- Estão acostumados a lidar com ocupações e desocupações;
- Possuem reserva de capital para eventuais reformas e imprevistos;
- Atuando de forma sistemática, conseguem extrair lucro mesmo em cenários mais complexos.
Já quem tenta entrar no mercado como “hobby” ou sem preparo, costuma enfrentar frustração, prejuízo ou até processos judiciais.
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Existe alternativa mais segura para investir em imóveis?
Para quem busca investir no setor imobiliário de forma passiva, lucrativa e sem dor de cabeça, os fundos de investimento imobiliário (FIIs) são uma excelente alternativa.
Por que os FIIs se destacam?
- Renda mensal isenta de imposto de renda (para pessoas físicas);
- Diversificação: você investe em vários imóveis de diferentes setores (shoppings, hospitais, galpões, lajes corporativas, etc.);
- Liquidez: os FIIs são negociados na bolsa, permitindo compra e venda rápida;
- Sem burocracia: nada de lidar com inquilinos, reformas ou escritura;
- Acessibilidade: é possível começar com valores baixos.
Muitos investidores experientes estão migrando de imóveis físicos para os fundos imobiliários, justamente pela praticidade e rentabilidade.