O Índice de Dividendos (IDIV), que acompanha ações de empresas da B3 com histórico consistente de distribuição de dividendos e juros sobre capital próprio, atingiu seu maior patamar da história nesta quinta-feira (24), aos 9.658,32 pontos, superando o recorde anterior de 9.637,32 pontos, registrado em setembro de 2023, revela a análise da consultoria Elos Ayta.
Neste ano, até o dia 24 de abril, o IDIV já acumula alta de 9,31%, mostrando recuperação após o recuo do ano anterior.
O IDIV integra o grupo de 24 índices setoriais da Bolsa de Valores brasileira, usados como referência por investidores e gestores para composição de carteiras e produtos como fundos de índice (ETFs).
- 📌 VEJA TAMBÉM:
Selic a 14,25%: o que os grandes investidores estão fazendo agora
Live no dia 29/4, ao meio-dia, com especialistas da PhiCube, Wiser e Monitor do Mercado.
👉 Garanta sua vaga gratuita
Histórico de desempenho do IDIV
Conforme o levantamento da Elos Ayta, o IDIV apresentou rentabilidade positiva em 13 dos últimos 20 anos — Entre os anos de baixa estão 2008, com uma perda de 24%; 2013 (-4,22%), 2014 (-18,03%), 2015 (-27,45%), 2021 (-1,00%), 2022 (-6,41%) e 2023 (-2,62%).
Confira a escala de evolução do IDIV:

Mesmo com quedas pontuais, o índice acumula valorização significativa. Em 2016, por exemplo, registrou alta de 60,49% em meio à transição política após o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.
Relevância do IDIV para o investidor de renda passiva
O indicador é composto por empresas maduras, com fluxo de caixa previsível e políticas consistentes de distribuição de proventos, perfil que atrai principalmente investidores com foco em geração de renda passiva.
Além de sua utilização direta por meio de ETFs, o índice funciona como referência para montagem de carteiras voltadas a investidores que buscam menor volatilidade e retorno consistente no longo prazo.

Os índices setoriais da B3, como o IDIV, também funcionam como termômetros de mercado e são usados por investidores institucionais e estrangeiros para avaliar segmentos específicos da economia.
Índice de dividendos voltado para ETFs
Há cerca de um ano, a B3 lançou uma nova versão do índice: o IDIV B3 Price Return. Essa versão considera apenas a variação dos preços das ações, sem reinvestir os dividendos e juros sobre capital próprio distribuídos pelas empresas da carteira.
Com isso, ETFs que adotam essa metodologia podem repassar os proventos diretamente aos seus cotistas. Para integrar o IDIV, tanto na versão tradicional quanto na nova, as empresas precisam estar entre as que mais distribuíram proventos nos últimos 36 meses e também entre as ações mais negociadas da bolsa nos últimos 12 meses.
Atualmente, o índice pode ser acessado por meio dos ETFs DIVO11 (que reinveste os proventos) e DIVD11 (que repassa dividendos aos cotistas no 10º dia útil de cada mês). Ambos geridos pela Itaú Asset.