O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, somou a sétima alta consecutiva no pregão desta terça-feira (29), beirando um patamar recorde. O índice encerrou a sessão em leve alta de 0,06%, aos 135.092,99 pontos, impulsionado pelo fluxo estrangeiro e pela expectativa de que o Federal Reserve (Fed) decida por um novo corte nos juros ainda este ano.
No mercado internacional, destaque para o PMI industrial oficial da China, que sofreu em abril a pior contração da atividade desde dez/23, refletindo os impactos da guerra comercial do país com os Estados Unidos e peso das tarifas de Trump.
Destaque também para a agenda dos EUA, que traz nesta quarta-feira (30) mais um indicador de emprego, a pesquisa ADP.
O mercado também aguada a preliminar do PIB dos EUA do primeiro trimestre, o núcleo do índice de preços de gastos com consumo (PCE), com expectativa de alta de 0,1% em março.
No Brasil, os mercados não operam nesta quinta-feira (1 de maio) devido ao Feriado do Dia do Trabalhador, retornando as atividades na sexta-feira (2).
Hoje, no entanto, o calendário econômico nacional é intenso, com a taxa de desemprego do IBGE revelando uma alta de 0,8 ponto percentual frente ao trimestre anterior, totalizando 7% no primeiro trimestre, entre outros indicadores importantes para traçar uma perspectiva dos próximos passos do Copom.
No noticiário corporativo, repercute o relatório de produção e vendas da Petrobras, divulgado ontem, após o fechamento.
A estatal reportou produção total de 2,77 mi boe/d, no do 1º trimestre, alta de 5,4% ante 4º trimestre e queda de 0,2% ante 1º trimestre de 20/23, com melhora operacional e novos FPSOs compensando declínio natural.
Com o peso de dados da economia internacional e cenário doméstico, o dólar abriu em queda de 0,22%, a R$ 5,61 e o dólar futuro em leve alta de 0,01%, a R$ 5,61, Os juros futuros também recuam e o Ibovespa futuro cede 0,14%, aos 137.215 pontos.
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Manchetes desta manhã
- Situação fiscal e produtividade são desafios para o crescimento do país (Valor)
- PP e União se juntam no maior ‘partido’ do País, com viés de oposição a Lula ( O Globo)
- ‘Careca do INSS’ recebeu R$ 53,5 mi de entidades e atuou para liberar descontos, diz PF (Folha)
- Sindicato dirigido por irmão de Lula bateu recorde de arrecadação com descontos de aposentadorias (O Globo)
- Dólar deve cair entre 5% e 10%, estima Kenneth Rogoff, ex-FMI (Valor)
Mercado global
As Bolsas da Europa operam em alta nesta quarta-feira, monitorando os resultados corporativos e impulsionadas pelo setor automotivo, que avança próximo de 1%, após o presidente Trump assinar um decreto reduzindo os impostos aço e alumínio, apesar da alíquota de 25% para a importação de veículos.
No setor, Stellantis sobe 2,5% e Mercedes-Benz recua 1,1%, suspendendo a previsão para 2025 e Volkswagen cede 2% após queda de 37% nos lucros, sob pressão tarifária.
Segundo o Goldman Sachs, as ações europeias sofreram uma liquidação por fundos de hedge em março e abril, no maior valor em uma década, com tarifas e euro forte.
Os mercados da Ásia, encerraram o pregão com desempenho misto, em meio à divulgação de dados locais e possíveis acordos comerciais no radar entre EUA e alguns países, como Coreia do Sul e Japão.
Em Tóquio, começa hoje a reunião de política monetária do BoJ e, na China, dados ruins da atividade industrial tiveram queda maior que o previsto, deixando o índice de Xangai no negativo.
Em Nova York, os índices futuros abriram com o negativo pesando antes da divulgação de dados econômicos e lucros corporativos no fim de um mês volátil. Nesse momento, aprofundam perdas após dados mostrando piora na economia. Dow Jones recua 0,17%; S&P 500 cede 0,65% e Nasdaq cai 1,01%.
Confira os principais índices do mercado:
- S&P 500 Futuro -0,2%
- STOXX 600 +0,4%
- FTSE 100 +0,1%
- Nikkei 225 +0,6%
- Shanghai SE Comp. -0,2%
- MSCI EM +0,6%
- Dollar Index estável
- Yield 10 anos -1bps a 4,1619%
- Bitcoin +0,1% a US$ 94922,94
Commodities
- Petróleo: se posiciona para maior queda mensal desde 2021. O Brent/jun cai 0,92%, a US$ 63,66 e o WTI/jun recua 1,01%, a US$ 59,81.
- Minério de ferro: fechou em queda de 0,78% em Dalian, na China, cotado a US$ 96,83/ton. Em Singapura, os contratos futuros caem 2,35%, cotados a US$ 96,15/ton e o mercado à vista cede 2,70%, cotado a US$ 97,15/ton.
Cenário internacional
Nos Estados Unidos, destaque para uma agenda repleta de indicadores importantes, como a pesquisa ADP de emprego no setor privado em abril, a primeira prévia do PIB do primeiro trimestre nos EUA e o plano de refinanciamento anunciado pelo Tesouro americano.
Às 10h45, sai o resultado do Índice ISM de atividade do setor industrial de Chicago em abril e, às 11h, a inflação de março medida pelo PCE, indicador preferido do Fed. Para as 11h30, estão previstos os dados semanais de estoques de petróleo.
Nesta terça-feira, durante o evento em Michigan para marcar os 100 dias da sua segunda administração à frente da Casa Branca, Trump voltou a criticar a condução de juros nos Estados Unidos. “Tenho mais conhecimento do que o presidente do Fed”, afirmou. “Quero ser respeitoso com o Fed, mas sei mais sobre juros do que eles”.
Por outro lado, Trump trouxe um certo alívio em relação à disputa tarifária com os demais países. Segundo ele, todas as nações o procuram para fechar acordos comerciais, inclusive a China. Ele afirmou que assinará tratados comerciais, embora os Estados Unidos não precisem.
No calendário corporativo, destaque para os balanços da Meta e Microsoft, após o fechamento do mercado. Amanhã (01/5), Apple e Amazon anunciarão seus resultados trimestrais, também após o encerramento do pregão.
Na Europa, dados publicados nesta quarta-feira sobre a economia no primeiro trimestre vieram acima das expectativas do mercado. O crescimento do PIB na zona do euro avançou 0,4% na comparação trimestral no primeiro trimestre de 2025.
Cenário nacional
No Brasil, o mercado acompanha as divulgações dos resultados fiscais, PNAD Contínua e do Caged; além das falas do presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, durante o LiFT Day.
Entre os indicadores econômicos, o resultado consolidado do setor público em março apresentou superávit de R$ 3,6 bilhões em março e déficit de R$ 13,5 bilhões (0,11% do PIB) em 12 meses.
A Pnad Contínua de março divulgada pelo IBGE às 9h revelou uma taxa de desemprego em 7% no trimestre até março, em linha com as projeções do mercado.
Logo mais, às 14h30, o Ministério do Trabalho e Emprego divulga o Caged de março.
Entre os compromissos do dia, o presidente Lula se encontra, às 11h, com a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck em Brasília.
Às 15h, Lula se reúne com a ministra da Casa Civil substituta, Miriam Belchior. E às 16h30, com o assessor-chefe da Assessorial Especial da Presidência da República, o embaixador Celso Amorim.
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Destaques no mercado corporativo
- Petrobras: divulgou ontem que sua produção total de petróleo e gás ficou praticamente estável na comparação com um ano antes, ao somar 2,77 milhões de barris de óleo equivalente ao dia (boed) no primeiro trimestre deste ano.
- Santander Brasil: registrou um lucro líquido gerencial de R$ 3,86 bilhões nos primeiros três meses de 2025, uma alta de 27,8% contra o dado em igual período de 2024.
- JBS: vai pagar R$ 4,4 bi em dividendos adicionais (R$ 2 por ação), com ex hoje e pagamento em 14/5.
- CPFL: aprovou incorporação parcial da CPFL Geração.
- EDP: Aneel recomendou renovação da concessão da EDP ES por mais 30 anos.
Acompanhe as principais notícias do mercado financeiro nesta quarta-feira também no Podcast Café do Mercado, uma produção do Monitor do Mercado, e apresentado por Lucas Rocco, CEO da Wiser | BTG Pactual.
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