O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, encerrou o pregão desta segunda-feira (9) em queda de 0,30%, aos 135.699 pontos, com o desempenho afetado pelas medidas fiscais alternativas ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) apresentadas pela Fazenda ao Congresso neste domingo.
Entre as medidas que permeiam entre corte de benefícios e aumento de impostos, pesou sobre o índice o anúncio de impostos sobre títulos como LCI e LCA, hoje isentos, e a ausência de medidas estruturantes para cortes de gastos.
No mercado internacional, destaque para o segundo dia das negociações comerciais entre os representantes de Washington e Pequim, que acontece em Londres, com expectativa positiva nos mercados.
No Brasil, destaque para a divulgação do IPCA de maio, com projeção de desaceleração para 0,34% influenciada pelo recuo dos preços dos alimentos e da deflação das passagens aéreas.
No cenário político-econômico, o mercado aguarda por mais detalhes sobre as medidas alternativas ao decreto original do IOF e da Medida Provisória (MP), que devem ser apresentadas pela Fazenda ao presidente Lula, que está de volta da França.
A Fazenda também aguarda aval das bancadas do Congresso para editar a MP com propostas de compensação à perda de arrecadação por meio do IOF, mas enfrenta resistência de frentes parlamentares do setor produtivo.
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Manchetes desta manhã
- Medidas deixam gastos de fora, e Câmara não assume o compromisso de aprová-las (Valor)
- Agro e construção rejeitam pacote de impostos; Motta não garante aprovação (Estadão)
- Genial/Quaest: quase 60% apoiam fim da reeleição, e tema une eleitores de Lula e Bolsonaro (Estadão)
- Corte de gastos fica de lado e fim de taxação progressiva de aplicações financeiras é aposta do governo (Valor)
Mercado global
As Bolsas da Europa seguem sem direção definida, contando que as conversas entre EUA e China em Londres devem estimular maior desescalada na troca de tarifas.
As negociações ocorrem em meio às restrições da China sobre minerais de terras raras, que ameaçaram interromper os suprimentos globais e restrições dos EUA às exportações de chips para a China, que respingam sobre outras economias importantes.
Na Ásia, os índices encerraram o pregão desta terça-feira com desempenho misto, refletindo o otimismo dos investidores em relação às negociações entre os EUA e a China, assim como atenção aos dados econômicos locais.
Em Nova York, os índices futuros abriram mistos, buscando a estabilidade, com Dow Jones Futuro em queda de 0,22%, S&P 500 Futuro em baixa de 0,17% e o Nasdaq Futuro com -0,19%.
Confira os principais índices do mercado:
• FTSE 100 +0,4%
• CAC 40 -0,1%
• Nikkei 225 +0,3%
• Hang Seng -0,1%
• Shanghai SE Comp. -0,4%
• MSCI World estável
• MSCI EM +0,5%
• Bitcoin +0,6% a US$ 109431,5
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Commodities
- Petróleo: sobe com avanço nas negociações EUA-China. O Brent/ago sobe 0,55%, a US$ 67,41 e o WTI/jul avança 0,55%a US$ 65,65.
- Minério de ferro: fechou em queda de 0,85% em Dalian, na China, cotado a US$ 97,20/ton. Em Singapura, os contratos futuros recuam 0,21%, cotados a US$ 94,40/ton e o mercado à vista cede 0,31%, cotado a US$ 95,30/ton.
Cenário internacional
Nos Estados Unidos, Howard Lutnick, secretário do Comércio dos EUA, afirma que as conversas entre os EUA e a China estão “indo bem”.
Já Kevin Hassett, diretor do Conselho Econômico Nacional, afirmou que os EUA esperam a flexibilização dos controles de exportação e a retomada em grande escala dos embarques de terras raras após um eventual acordo.
Participam das negociações o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, o secretário de Comércio, Howard Lutnick, e o representante de Comércio, Jamieson Greer. A delegação chinesa é liderada pelo vice-primeiro-ministro He Lifeng.
Cenário nacional
No Brasil, a agenda do dia destaca a presença do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, em evento da Febraban, às 10h, além do leilão de LFTs e NTN-Bs do Tesouro.
Está prevista para esta terça-feira a reunião entre a cúpula do governo e o presidente Lula em Brasília para discutir as alternativas ao aumento do IOF. Com o aval presidencial, a Medida Provisória deverá ser publicada nos próximos dias.
Já o presidente da Câmara, Hugo Mota, disse que vai fazer reuniões para ver a viabilidade política de mudanças nos gastos primários obrigatórios. Além disso, Motta afirmou que o pacote tem viés arrecadatório e que não tem compromisso de aprovar, segundo O Globo.
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Destaques no mercado corporativo
- Dimensa (controlada da Totvs): fechou contrato de R$ 260 milhões para compra da plataforma de seguros Agger.
- Agrogalaxy: teve prejuízo de R$ 153 milhões no primeiro trimestre.
- Eldorado Brasil: fará emissão de R$ 13 bilhões em notas comerciais.
- Equatorial: o Conselho de Administração aprovou um aumento de capital de R$ 12,56 milhões, com a emissão de mais de 700 mil novas ações ordinárias. O capital social da companhia passará para R$ 12,63 bilhões.
- TOTVS: a controlada, a Dimensa, anunciou a compra da plataforma de seguros Agger em um contrato de R$ 260 milhões.