O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, voltou a subir nesta terça-feira (24), encerrando a sessão em alta de 0,45%, aos 137.164,61 pontos.
A melhora do desempenho foi motivada pela confirmação do cessar-fogo entre Israel e Irã e também pela ata do Comitê de Política Monetária (Copom), que confirmou uma pausa no ciclo de alta dos juros.
Enquanto as blue chips fecharam em queda, impactadas pelos preços das commodities, a alta também foi sustentada pelo setor financeiro, com destaque para Itaú (1,89%), Santander (1,82%) e Banco do Brasil (1,66%).
No mercado internacional, a expectativa desta quarta-feira (25) está voltada para o discurso de Jerome Powell no Senado, devendo manter o clima de cautela, após reafirmar na Câmara que o Federal Reserve (Fed) não precisa ter pressa para reduzir os juros.
Enquanto isso, no contexto geopolítico, o cessar-fogo entre Israel e o Irã amenizam as tensões do mercado, mas sob vigilância, ainda afetando com volatilidade os preços do petróleo.
No Brasil, deve ser votado na Câmara o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) que derruba o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Hugo Motta coloca o tema para ser votado pelo plenário, após ter a urgência aprovada na semana passada.
O mercado também aguarda a entrevista do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que disse na noite desta terça-feira, à Record News, que está “preocupado, evidentemente, com a taxa muito restritiva e muito acima da inflação projetada”.
No entanto, Haddad defendeu Galípolo, dizendo que a alta foi contratada na gestão anterior, de Roberto Campos Neto.
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Manchetes desta manhã
- Irã e Israel se dizem vitoriosos na guerra e cumprem cessar-fogo (Valor)
- Guerra Israel-Irã arrefece; relatório sobre instalações iranianas contradiz Trump (Folha)
- Hospital privado poderá trocar até 50% de dívida com a União se atender pelo SUS (Estadão)
- Receita quer ampliar fiscalização em grandes empresas e criar delegacia para alto patrimônio (O Globo)
- Intervenção do Banco Central no câmbio gera dúvida no mercado (Valor)
- Motta surpreende e inclui projeto que revoga aumento do IOF na pauta desta quarta (Valor)
Mercado global
As Bolsas da Europa recuam em sessão de agenda esvaziada, enquanto o mercado monitora de perto o frágil cessar-fogo entre Israel e Irã.
A atenção do mercado europeu segue voltada para a reunião de líderes da OTAN em Haia, com a expectativa de que a cúpula vote por uma meta maior de gastos com defesa de 5% do PIB, ante a meta atual de 2% do PIB, e leve o presidente dos EUA a reconfirmar seu compromisso com a aliança.
Na Ásia, os índices encerraram o pregão desta quarta-feira em alta, animados pela pausa dos conflitos no Oriente Médio.
Os maiores desempenhos ocorreram em Xangai (+1,04%), Shenzhen (+1,72%) e Hong Kong (+1,23%), indicando a positividade dos negócios na China.
Em Nova York, os índices futuros buscam a estabilidade em meio à trégua entre Israel e Irã e aumento das apostas, por parte dos operadores do Tesouro, em possíveis cortes nas taxas de juros pelo Fed.
Confira os principais índices do mercado:
• S&P 500 Futuro estável
• FTSE 100 estável
• CAC 40 -0,2%
• Nikkei 225 +0,4%
• Hang Seng +1,2%
• Shanghai SE Comp. +1%
• MSCI World -0,1%
• MSCI EM +0,8%
• Bitcoin +0,9% a US$ 107103,88
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Commodities
- Petróleo: sobe 1%, com alívio na aversão ao risco diante do cessar-fogo entre Irã e Israel, queda nos estoques e perspectiva de aumento na demanda. O Brent/ago sobe 1,30%, a US$ 68,01 e o WTI/ago avança 1,26%, a US$ 65,18
- Minério de ferro: fechou em queda de 0,43% em Dalian, na China, cotado a US$ 97,94/ton. Em Singapura, os contratos futuros recuam 0,16%, cotados a US$ 92,70/ton e o mercado à vista segue estável, cotado a US$ 94,35/ton.
Cenário internacional
Nos EUA, a agenda segue esvaziada de indicadores econômicos, com destaque para novas declarações do presidente do Fed, Jerome Powell, no Senado.
Nesta terça-feira, em sabatina na Câmara, Powell afirmou que a economia dos EUA segue sólida, com o mercado de trabalho próximo do pleno emprego e a inflação abaixo dos picos de 2022, mas ainda acima da meta de 2%.
Ele também afirmou que os efeitos das tarifas sobre os preços devem se tornar mais evidentes nos próximos meses e que uma “maioria significante” dos membros do FOMC acredita que será apropriado iniciar os cortes de juros mais adiante neste ano.
Cenário nacional
No Brasil, diante do cessar-fogo entre Irã e Israel, investidores voltam a observar o mercado local, com destaque para as falas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e no IOF.
O presidente da Câmara, Hugo Motta, decidiu pautar para hoje a votação do projeto que revoga aumento do imposto. A sessão será remota, já que a Câmara está esvaziada por festas de São João.
Na agenda política, o Senado pode votar nesta quarta-feira o projeto que amplia o número de deputados.
O Banco Central realizará hoje, a partir das 9h30, leilão de dólar de venda à vista e swap reverso, cada um equivalente a até US$ 1 bilhão.
Entre os compromissos do dia, o presidente Lula e Haddad participam, às 9h30, de reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).
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Destaques no mercado corporativo
- Embraer: investiu cerca de US$ 70 milhões em novas instalações no Texas.
- Multiplan: anunciou novo programa de recompra de 10 milhões de ações e vai pagar R$ 120 milhões em juros sobre capital próprio (R$ 0,246 por ação).
- TIM Brasil: anunciou a emissão de R$ 5 bilhões em debêntures.
- Tesla: as vendas da montadora de veículos elétricos na União Europeia tiveram queda expressiva em maio, contrastando com o crescimento geral do mercado.
- OpenAI: anunciou que o ChatGPT receberá novas funcionalidades de edição colaborativa, semelhantes às oferecidas pelo Google e Microsoft, além de um navegador integrado.