O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, retomou o patamar dos 145 mil pontos nesta quinta-feira (23), encerrando a sessão em alta de 0,59%, aos 145.720,98 pontos, no maior nível desde o final de setembro.
A recuperação do índice foi impulsionada pela disparada dos preços do petróleo após as sanções dos Estados Unidos (EUA) e da União Europeia contra a Rússia como estratégia para forçar negociações de um cessar-fogo na Ucrânia.
Os mesmos motivos que impulsionaram os índices globais, levaram à desvalorização do dólar de 0,20% ante o real, sendo negociado a R$ 5,38, uma vez que a alta do petróleo impulsionou moedas de países exportadores.
Em destaque no Ibovespa, a Petrobras fechou em alta 0,72% (ON) e 1,14% (PN), na esteira da valorização do petróleo, enquanto a Vale registrou queda de 0,19%.
No setor financeiro, o desempenho foi misto, com destaque para o Bradesco, que teve ganhos de 1,07% (ON) e 0,85% (PN). Entre as maiores altas, se destacaram Azzas (+5,55%) e Braskem (+5,50%), enquanto Magazine Luiza (-5,64%) liderou as perdas.
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No mercado internacional o destaque desta sexta-feira (24) é a divulgação do CPI de setembro, que interrompe o apagão estatístico causado pela paralização do governo. O dado de inflação será a última informação relevante antes da reunião do Federal Reserve (Fed) na próxima semana em meio às apostas de corte de 0,25 ponto percentual.
O anúncio da Casa Branca de que o presidente Donald Trump se reunirá com Xi Jinping na próxima quinta-feira (30) também trouxe novo fôlego aos mercados, impulsionando os índices globais, com exceção da Europa, que segue no sentido contrário.
No Brasil, o foco também é a inflação, com a divulgação do IPCA-15, que ao contrário dos Estados Unidos, a estimativa de queda não deve abalar a convicção do Banco Central de manter a Selic estável.
A possibilidade de um encontro entre o presidente Lula e Donald Trump esperada para domingo, ainda que não esteja oficialmente confirmada, também deve movimentar os mercados.
No setor corporativo, a Usiminas abre a temporada de balanços do terceiro trimestre na B3, com resultados antes da abertura.
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Manchetes desta manhã
- Com produtividade fraca, aumento do emprego impulsiona renda per capita (Valor)
- Novas exceções elevarão gastos fora da meta fiscal a R$ 150 bilhões ( O Globo)
- Caixa planeja fundo com imóveis para ajudar no socorro aos Correios (Folha)
- Fisco e setor produtivo fazem pressão por lei do devedor contumaz (Estadão)
- Reestruturação leva Azul a perder espaço em briga por aeronaves com Latam e Gol (Valor)
Mercado global em clima otimista por encontro entre líderes dos EUA e China
A Ásia encerra a semana majoritariamente em alta refletindo o otimismo do mercado após a confirmação, pela Casa Branca, do encontro entre Donald Trump e Xi Jinping na próxima semana.
As bolsas chinesas também foram bem impactadas pelas notícias vindas da reunião do Partido Comunista. Xangai subiu 0,71% e Shenzhen ganhou mais tração, com alta de 2,02%.
Em Hong Kong, o índice Hang Seng chegou a +0,74%, enquanto no Japão, o Nikkei 225 registrou alta de 1,39%, com destaque para ações de tecnologia e na Coreia do Sul, o índice Kospi marcou alta forte de 2,50%. A exceção foi Taiwan, que teve perda de 0,42%.
Em Nova York, os índices futuros sobem à espera do CPI de setembro, adiado pela paralisação do governo e refletem o otimismo do mercado pelo encontro entre Trump e o presidente da China na próxima semana.
As Bolsas da Europa operam em queda, contrariando o otimismo da Ásia e futuros de NY, mesmo após a divulgação dos dados preliminares positivos dos PMI compostos na Europa.
Confira os principais índices do mercado:
• S&P 500 Futuro +0,3%
• FTSE 100 estável
• CAC 40 -0,3%
• Nikkei 225 +1,4%
• Hang Seng +0,7%
• Shanghai SE Comp. +0,7%
• MSCI World estável
• MSCI EM +0,5%
• Bitcoin +1,5% a US$ 111163
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Commodities
- Petróleo: Os contratos futuros operam próximos à estabilidade na manhã desta sexta-feira após dispararem mais de 5% na véspera com as sanções impostas pelos EUA e União Europeia à Rússia, visando forçar negociações para um cessar-fogo na Ucrânia.
O Brent/dez tem leve alta de 0,02%, cotado a US$ 66,00/barril e o WTI também sobe 0,02%, a US$ 61,80 - Minério de ferro: Minério de ferro: fechou em queda de 0,58% em Dalian, na China, cotado a US$ 108,23/ton, interrompendo uma sequência de três sessões de ganhos, com a diminuição da demanda na China, principal consumidor, atingida pela redução das margens do aço.
Em Singapura, os contratos futuros caem 0,4%, cotados a US$ 105,35/ton.
Cenário internacional alimenta expectativas por encontro entre Trump e Xi Jinping
Nos EUA, a Casa Branca confirmou que o presidente Donald Trump se reunirá com o líder chinês Xi Jinping na próxima quinta-feira (30), durante sua visita à Coreia do Sul. O encontro deve focar nas negociações sobre terras raras e fentanil.
Em relação ao Canadá, Trump anunciou ontem o fim das tratativas comerciais, após considerar “fraudulento” um vídeo divulgado pelo governo canadense com imagens e áudios do ex-presidente Ronald Reagan criticando tarifas, usados sem autorização da Fundação Reagan.
Na Zona do Euro, o PMI composto subiu para 52,2 em outubro, de 51,2 em setembro. Foi o maior nível em 17 meses e acima das expectativas do mercado, com destaque para a forte recuperação da Alemanha.
No setor corporativo, a Intel teve lucro líquido de US$ 4,1 bilhões no terceiro trimestre (US$ 0,23 por ação), ante prejuízo um ano antes. No pré-mercado de NY, as ações da Intel sobem 7,7%.
Na agenda da próxima semana, destaque para a divulgação dos balanços da Microsoft, Alphabet e Meta na quarta-feira (29) e Apple e Amazon na quinta-feira (30).
Cenário nacional repercute dados de inflação
No Brasil, o IPCA-15 de outubro registrou alta de 0,18%, abaixo do consenso de alta de 0,24%, desacelerando de +0,48%. Ano a ano, o índice de inflação sobe 4,94%, também abaixo do estimado (5,02%), de 5,32%.
No front político, o presidente Hugo Motta anunciou para a próxima semana a votação de projetos sobre bebidas e bagagens. O líder do governo quer votar corte de gastos e aumento da arrecadação.
Na próxima semana, a agenda tem como destaques dados de emprego de setembro do Caged na quinta-feira (30) e Pnad contínua na sexta-feira (31).
A partir de segunda-feira, a temporada de resultados do 3º trimestre ganha tração, com destaque para a divulgação dos números da Hypera na terça-feira (28), Bradesco e Santander na quarta-feira (29) e Ambev, Gerdau, Multiplan, Telefônica Vivo e Vale na quinta-feira (30).
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Destaques no mercado corporativo
- Usiminas: abre temporada de balanços do 3º trimestre na B3, com prejuízo de R$ 3,5 bilhões e reverte lucro de um ano atrás.
- Azul: projeta alavancagem de 2,5 vezes ao fim da reestruturação nos EUA, informou a empresa em plano de negócios. A companhia aérea também informou receita operacional de R$ 5,7 bi no 3º trimestre, alta de 11% no ano.
- Cosan: anunciou oferta pública de 1,45 bilhão de ações. A Vale foi elevada a BBB+ pela Fitch.
- Petrobras: divulga nesta sexta-feira o relatório de produção e vendas do 3º trimestre, após o fechamento do mercado.
A estatal pediu correção de licença ao Ibama; valor de compensação ambiental deveria ser R$ 3,9 mi, e não R$ 39 mi. - Ambipar: Opportunity nega ser credor ou estar executando dívida do controlador; tensão após acusações de Tércio Borlenghi Jr.









