O preço do petróleo disparou mais de 5% nesta quinta-feira (23), após os Estados Unidos anunciarem novas sanções contra as duas maiores petrolíferas da Rússia (Rosneft e Lukoil).
As medidas, segundo o Departamento do Tesouro americano, têm como objetivo reduzir a capacidade de financiamento do governo russo em meio à guerra na Ucrânia.
- Reduza a conta de energia sem obras nem investimentos. Levantamento gratuito mostra quanto você pode economizar no mercado livre de energia
As restrições bloqueiam todos os bens e propriedades das companhias em território americano, além de empresas controladas por elas em 50% ou mais. Donald Trump, no entanto, espera que as sanções não durem muito tempo, visto que, segundo ele, Vladimir Putin deseja acabar com a guerra.
Já o secretário do Tesouro, Scott Bessent, afirmou que Washington está pronta para adotar medidas adicionais, caso considere necessário.
Às 9h30, o petróleo WTI para dezembro subia 5,09%, aos US$ 61,48, enquanto o petróleo Brent para o mesmo mês avançava 4,65%, aos US$ 65,50.
Impacto da alta do petróleo no mercado global e no Brasil
Com o avanço do petróleo no exterior, o Ibovespa futuro abriu o dia em alta de 0,31%, aos 148.450 pontos, impulsionado também pela valorização do minério de ferro e pela melhora na percepção sobre a inflação no Brasil.
O movimento tende a beneficiar as ações da Petrobras (PETR3; PETR4), que acompanham a cotação internacional da commodity.
No pré-mercado da Bolsa de Nova York (Nyse), os American Depositary Receipts (ADRs) da estatal registravam alta de 1,88%, a US$ 11,95 (ação ON), e de 1,80%, a US$ 11,28 (ação PN).
- Outros investidores já estão copiando a operação com café que rendeu R$ 25 mil no mês — saiba como ativar agora o Copy Invest.
Analistas seguem cautelosos
O Santander manteve visão cautelosa sobre o setor de petróleo para 2026. Segundo o banco, a Petrobras tende a continuar focada em otimização de custos e investimentos, sem recorrer a operações de hedge — proteção contra variações de preço —, o que aumenta sua exposição à volatilidade da commodity.
Para o banco, a exposição à distribuição de combustíveis por meio da Ultrapar (UGPA3) pode oferecer mais previsibilidade no cenário atual.