Substituir o fogão tradicional por um cooktop pode modernizar a cozinha e aumentar a eficiência térmica em até 40% no caso da indução, reduzindo o tempo de preparo. No entanto, essa mudança exige adaptações estruturais na bancada e na rede elétrica que, se ignoradas, geram custos elevados e riscos graves de segurança.
Qual modelo oferece a maior economia real?
A economia depende diretamente da tecnologia escolhida: a gás ou indução. O cooktop a gás funciona de maneira similar ao fogão comum, mas queimadores modernos e selados podem otimizar o consumo. Já o cooktop de indução utiliza eletromagnetismo para aquecer apenas a panela, evitando perda de calor para o ambiente e cozinhando alimentos muito mais rápido, o que compensa o uso da energia elétrica.
Para definir qual opção se encaixa no seu bolso, é necessário avaliar a infraestrutura existente na sua cozinha. Confira abaixo os requisitos básicos que influenciam o orçamento inicial da troca:
- Existência de ponto elétrico 220V exclusivo (para indução).
- Necessidade de corte ou troca da pedra da bancada.
- Distância segura entre a saída de gás e a fonte de calor.
- Compatibilidade das panelas atuais (fundo magnético é obrigatório para indução).

Como preparar a bancada para evitar acidentes?
A instalação do cooktop exige uma superfície plana, rígida e resistente ao calor, geralmente feita de pedras naturais (como granito) ou sintéticas (quartzo). É um erro crítico apoiar o equipamento diretamente sobre móveis de madeira sem isolamento térmico adequado, pois o calor irradiado pela base do aparelho pode iniciar um incêndio silencioso dentro do armário.
Além do material, é obrigatório respeitar o “nicho de ventilação”. O manual de cada fabricante exige um espaço vazio de 5 a 10 cm abaixo do aparelho para circulação de ar. Bloquear essa saída com gavetas de talheres ou fornos mal posicionados causa superaquecimento dos componentes eletrônicos, levando à queima prematura do equipamento.
Quanto custa manter cada sistema funcionando?
A decisão entre gás e eletricidade (indução) altera o perfil de gastos mensais da casa. Enquanto o gás oferece um custo de operação mais estável em muitas regiões do Brasil, a indução oferece velocidade e limpeza, mas pode elevar a conta de luz se a tarifa local for alta.
A tabela a seguir apresenta um comparativo direto de eficiência e custos operacionais para ajudar na sua decisão:
| Tecnologia | Eficiência Energética Estimada | Custo de Instalação | Risco de Acidentes (Fogo) |
| Cooktop a Gás | 40% a 55% Aproveitamento | Médio (Tubulação) | Alto (Chama aberta) |
| Cooktop Indução | 85% a 90% Aproveitamento | Alto (Elétrica dedicada) | Baixo (Sem chama) |

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Quais os riscos ocultos na instalação do gás?
Se a escolha for pelo modelo a gás, a atenção com a segurança deve ser redobrada. O uso de mangueiras de plástico PVC comum atrás de fornos e cooktops é proibido, pois elas não suportam o calor confinado dentro do armário e podem derreter, causando vazamentos explosivos.
É obrigatório utilizar mangueiras metálicas flexíveis e garantir que o registro de fechamento esteja em local de fácil acesso. Toda a tubulação deve seguir as normas técnicas vigentes para evitar vazamentos, e a validação da estanqueidade da rede deve ser feita seguindo as diretrizes de segurança do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar ou órgão equivalente do seu estado.
Quando a contratação de um profissional é obrigatória?
Nunca tente adaptar a instalação elétrica do cooktop de indução usando benjamins ou tomadas comuns de 10A. Esses aparelhos possuem alta potência e exigem disjuntores exclusivos e fiação de bitola adequada (geralmente 4mm ou 6mm) para não derreter a fiação da casa.
Para garantir a segurança física da sua família e a integridade do imóvel, a adequação da rede elétrica e a instalação do ponto de gás devem ser projetadas e executadas por profissionais habilitados. Certifique-se de contratar um engenheiro ou técnico registrado no CREA (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia), garantindo que o serviço tenha responsabilidade técnica comprovada.



