O setor bancário volta a ganhar destaque e a gerar aversão ao risco global. Agora, as preocupações giram em torno do Credit Suisse, cujas ações caem mais de 19% após um dos principais acionistas, o Saudi National Bank, descartar assistência ao banco. As petrolíferas também puxam Bolsas na Europa com a queda do petróleo nesta semana. O S&P 500 futuro recua 1,3%, o Stoxx Europe 600 cai 2,1%, o Nikkei fechou em baixa de 1,9% e o Shanghai ficou estável.
• S&P 500 Futuro -1,3%
• STOXX 600 -2,1%
• FTSE 100 -1,9%
• Nikkei 225 estável
• Shanghai SE Comp. +0,6%
• MSCI EM +0,4%
• Dollar Index +0,4%
• Yield 10 anos -14,1bps a 3,5487%
• Bloomberg Comdty Index -0,2%
• Petróleo WTI +0,2% a US$ 71,47 barril
Na China, a produção industrial em janeiro e fevereiro cresceu 2,4% na comparação anual, um pouco abaixo dos 2,8% estimados pelo mercado, e as vendas no varejo aumentaram 3,5%, ante 4,0% projetado. O Banco do Povo da China (PBoC) manteve inalteradas as principais taxas de juros e injetou 481 bilhões de yuan (US$ 70 bilhões) em liquidez no sistema bancário. Na zona do euro, a produção industrial subiu 0,7% em janeiro, após queda de 1,3% em dezembro e projeção do mercado de avanço de 0,5%.
Os EUA divulgam hoje, às 9h30, a inflação ao produtor (PPI) e as vendas no varejo de fevereiro. A estimativa da Bloomberg para o PPI é de desaceleração de 0,7% para 0,3% e para as vendas no varejo é de recuo de 0,4%.
O petróleo tem leve alta, com o WTI a US$ 71 o barril e o brent a US$ 78, após queda de mais de 4% ontem. O minério de ferro tem quinta alta seguida em Singapura e é negociado acima de US$ 132 a tonelada.
O bitcoin cai 0,4%, a US$ 24,6 mil.
No Brasil,
O Ibovespa foi na contramão da recuperação ontem em NY e fechou em baixa de 0,18%, aos 102.932 pontos, pressionado pelo recuo do petróleo e baixa de papéis após resultados, como a Natura, que caiu 17,5%. O dólar recuou 0,2%, a R$ 5,256.
Hoje, o dia é de agenda esvaziada, com fluxo cambial semanal e vencimento de opções sobre o Ibovespa. Na imprensa, o novo arcabouço fiscal segue em destaque. Segundo O Globo, a regra fiscal que será apresentada a Lula prevê zerar o rombo nas contas públicas em 2024 e está pronta para ser apresentada ao presidente. Hoje, o presidente Lula tem reunião com o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, às 9h, e participa de evento no Palácio do Planalto.
No corporativo, a Localiza teve lucro de R$ 443,3 milhões no 4T22, alta de 0,3%, e receita de R$ 3,2 bilhões, avanço de 95,3%. A Terra Santa Agro registrou lucro de R$ 119 milhões no 4T22, ante R$ 20,2 mil um ano antes. A CVC registrou prejuízo de R$ 96,8 milhões no 4T22, recuo de 34%, e receita de R$ 321,4 milhões, avanço de 2,4%. Após o fechamento hoje, estão previstos os resultados da Taesa, Yduqs, Marisa Lojas, Rossi, Mitre, Profarma e d1000.
A Petrobras informou que vai recorrer de decisão do Carf que manteve cobranças fiscais no total de R$ 17,2 bilhões. Já da Braskem, o Carf cancelou autuação de R$ 910 milhões da Receita Federal. A Sabesp informou que declaração do governador de SP, Tarcísio de Freitas, sobre privatização em 2024 não é novidade. A WEG pagará R$ 223,3 milhões em juros sobre capital próprio (R$ 0,053 por ação). A Gol teve rating rebaixado para SD (selective default) pela S&P.
Com informações do BTG Pactual Research & News
Imagem: Piqsels