As taxas curtas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DI) passaram a operar em forte queda após fala do ministro Fernando Haddad durante evento do BTG.
O ministro anunciou que pretende antecipar em um mês a apresentação da nova regra fiscal do País para apreciação do Congresso. A intenção agora, diz o ministro, é que o texto esteja finalizado em março.
Além disso, ele também avaliou que o Banco Central, responsável por fixar a taxa de juros para conter a inflação, não deve se “deixar levar” por ruídos para tomar suas decisões
Haddad trouxe uma bandeira branca na conferência do BTG. Agora ele precisa convencer o chefe da necessidade de baixar a temperatura do caldo, disse Ivan Kraiser, da Garín Investimentos.
A Bolsa avança em dia de apetite ao risco com os investidores mais animados após as falas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que participou mais cedo no evento CEO Conference, do BTG Pactual, em que disse que vai adiantar a regra fiscal para março e reforçou a postura conciliadora entre sua pasta e o Banco Central (BC). “Nunca deixou de existir comunicação entre Fazenda e Banco Central e tem decisões unânimes entre Fazenda, Planejamento e Banco Central”, enfatizou o ministro.
Nicolas Farto, sócio e head de renda variável da Vértiq Invest, disse que o bom humor da Bolsa reflete o tom mais amigável que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, adotou em suas declarações esta manhã no evento do BTG Pactual.
O dólar sobe, próximo à estabilidade. Se por um lado os resultados do varejo dos Estados Unidos, em janeiro, (+3% ante projeções de +1,9%) reforçam as expectativas por um ciclo contracionista mais longo do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), por outro, as falas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, garantindo a definição de um arcabouço fiscal até março foram bem recebidas pelo mercado.
De acordo com o head de tesouraria do Travelex Bank, Marcos Weigt, “hoje existe um movimento global de desvalorização de moedas na comparação com o dólar e as taxas de juros americanas subindo”. “Acho que a taxa terminal será de 5,5% e não vejo cortes tão cedo. De qualquer maneira, isso afeta pouco o Brasil, desde que façamos a lição de casa”, disse Weigt, referindo-se à definição do arcabouço fiscal e aprovação da reforma tributária.
Pedro do Val de Carvalho Gil / Agência CMA
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