Os juros futuros encerraram o dia praticamente estáveis, mantendo-se próximos aos ajustes anteriores, em uma sessão sem grandes destaques no cenário econômico. Com a semana repleta de decisões de política monetária e indicadores de inflação, os investidores adotaram uma postura mais cautelosa.
Os contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 fecharam a 10,320%, um leve recuo em relação aos 10,339% do dia anterior. Para janeiro de 2026, a taxa passou de 10,00% para 9,98%. Já o DI para janeiro de 2027 terminou em 10,09% (10,10% no ajuste) e o de janeiro de 2029 se manteve estável em 10,54%.
Expectativas para o Copom
A semana traz decisões cruciais, como as reuniões do Copom e do Federal Reserve, influenciando o mercado. A expectativa é que o Copom mantenha a diretriz atual, com cortes de 0,50 ponto na Selic tanto na próxima reunião quanto em janeiro, sinalizando uma Selic de 9,65%.
Economistas acreditam que o comunicado do Copom possa refletir um tom mais suave, não necessariamente indicando uma aceleração do ritmo de queda da Selic. Elementos como a benignidade da inflação recente e melhorias no cenário externo podem ser interpretados como “dovish” pelo mercado.
Impacto do cenário fiscal
O cenário fiscal nacional é monitorado com atenção, com o Congresso em foco para definir propostas de arrecadação. A aprovação desses projetos, especialmente o da subvenção do ICMS, considerado crucial, pode mitigar preocupações sobre possíveis alterações na meta fiscal.
O mercado aguarda, também, o IPCA de novembro, previsto para amanhã, com a mediana das estimativas em 0,29%, contra 0,24% de outubro. Este indicador pode influenciar as expectativas pré-Copom, especialmente no que diz respeito à política monetária.
Rogério Ceron, secretário do Tesouro, negou discussões sobre revisão da meta fiscal dentro do governo. Destacou que medidas adicionais podem ser avaliadas para cumprir a meta, mas flexibilizá-la não está em questão.
Com informações do Broadcast
Imagem: Piqsels