A Azul (AZUL4) esclareceu, em comunicado nesta quarta-feira (4), que não planeja solicitar recuperação judicial, contrariando informações recentes veiculadas na imprensa na sexta-feira (29). Segundo o CEO da companhia, John Rodgerson, a empresa está em negociações para antecipar pagamentos a arrendadores de aeronaves e otimizar sua reestruturação de dívida, seguindo um acordo firmado no ano passado.
Como parte do planejamento para reestruturação da dívida, a empresa espera gerar um faturamento de R$ 20 bilhões ainda este ano e ganhar R$ 1 bilhão em receitas adicionais com eficiência operacional, como parte do plano Eleva, apresentado em agosto.
Plano Eleva: aumento de receita e redução de custos
Em comunicado, a Azul destacou a implementação do plano Eleva e reiterou a estimativa gerar um faturamento de R$ 20 bilhões ainda este ano, baseada no desempenho do primeiro semestre, quando a receita foi de R$ 8,85 bilhões. A empresa também espera gerar R$ 1 bilhão em valor adicional em 2025, com maior eficiência operacional e gestão de custos.
Negociações da Azul com acionistas e credores
A empresa informou que as negociações com os principais acionistas e credores seguem em andamento, com o objetivo de otimizar sua estrutura de capital e melhorar sua eficiência financeira.
Projeções de faturamento
Em resposta a números divulgados na imprensa sobre o faturamento de R$ 20 bilhões para o ano corrente, a Azul esclareceu que esses dados refletem uma tendência já divulgada ao mercado e não constituem novas projeções. A empresa reiterou que não há fato relevante ou atualização adicional a ser comunicada, conforme as normas da CVM.
O CEO da Azul afirma que o “Chapter 11” — processo de recuperação judicial nos EUA — “não é e nunca foi plano” para a companhia, mesmo após a acentuada queda de suas ações. Nos últimos 30 dias, os papéis da Azul acumulam queda de mais de 36%.
*Com informações da agência de notícias CMA
Imagem: Wikimedia Commons