O dólar fechou esta quarta-feira (30) em alta de 0,82%, a R$ 5,67, após oito sessões consecutivas de queda. Apesar da alta de hoje, o dólar ainda recua 0,2% na semana e acumula queda de 0,50% em abril. No ano, a desvalorização é de 8,15%.
A movimentação do câmbio foi influenciada principalmente por fatores globais, como a queda nas commodities e dados abaixo do esperado de atividade econômica na China e nos Estados Unidos.
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A leitura abaixo do esperado do Índice de Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês) industrial da China em abril gerou uma reação negativa nos mercados de commodities.
A queda nos preços das commodities impactou diretamente moedas de países exportadores, como o Brasil. O real foi uma das divisas mais atingidas na América Latina, atrás apenas do peso colombiano.
Dados fracos nos EUA elevam o dólar
Nos Estados Unidos, a primeira leitura do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre mostrou retração de 0,3%, contrariando a expectativa de crescimento de 0,1% segundo a mediana das projeções Broadcast.
Além disso, o relatório ADP apontou a criação de apenas 62 mil vagas de emprego no setor privado em abril — bem abaixo das estimativas de 134 mil. Esses dados aumentaram a aversão ao risco por parte dos investidores, fortalecendo o dólar no mercado internacional.
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DXY sobe e indica fortalecimento
O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes, avançou 0,30% no fim da tarde, alcançando 99,600 pontos. Esse movimento reforça a percepção de que a valorização do dólar nesta sessão foi impulsionada por eventos externos.
Fatores técnicos e disputa por Ptax influenciam
No mercado doméstico, operadores destacaram que havia espaço para correção após a sequência de quedas do dólar. Também pesaram fatores técnicos de fim de mês, como a disputa pela formação da Ptax — média das cotações do dólar usada em contratos financeiros — e a rolagem de contratos futuros.
Investidores monitoram próximos passos do Fed
Com os sinais de desaceleração da economia norte-americana, aumentam as apostas de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) corte a taxa básica de juros ainda em 2025. Monitoramento do CME Group indica crescimento das apostas em um corte acumulado de 1 ponto percentual.