Na última sexta-feira (2), o BTG Pactual fez cinco alterações na sua Carteira Recomendada 10SIM (10 melhores ações) para maio. As ações incluídas foram: Localiza, Caixa Seguridade, Banco do Brasil, Cosan e Cury substituindo Suzano, WEG, Nubank e Mercado Livre — a exposição à Petrobras diminuiu.
Segundo o banco, a principal razão é a queda no prêmio de risco. O indicador, que mede o retorno extra exigido por investidores para manter ações em vez de títulos públicos, recuou para 3%, alinhado à média histórica e abaixo dos 5% registrados meses atrás.
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Dessa forma, a seleção deste mês tem as seguintes empresas:
- Petrobras (PETR4) com 10%;
- Itaú (ITUB4) com 10%;
- Banco do Brasil (BBAS3) com 10%;
- Caixa Seguridade (CSXE3) com 10%;
- Equatorial (EQTL3) com 10%;
- Localiza (RENT3) com 10%;
- Copel (CPFL6) com 10%;
- Eneva (ENEV3) com 10%;
- Cosan (CSAN3) com 10%; e
- Cury (CURY3) com 10%;
Menos exportadoras, mais Brasil
Com o cenário externo pressionado pela tensão comercial entre China e Estados Unidos e a expectativa de desaceleração nas duas economias, o BTG reduziu exposição a exportadoras.
A Suzano saiu da carteira, e a Petrobras teve peso reduzido de 15% para 10%. A WEG também foi retirada após divulgar resultados fracos no primeiro trimestre.
No lugar, o banco incluiu a Localiza, que se beneficia da demanda aquecida por aluguel de carros e de um mercado de seminovos em recuperação. A ação está sendo negociada a 13 vezes o lucro projetado para 2025.
Aumento da exposição ao setor financeiro
O setor financeiro ganhou mais espaço na carteira, passando de 20% para 30%. O BTG retirou o Nubank — que subiu 21% apenas em abril — e adicionou a Caixa Seguridade, que oferece previsibilidade de resultados e dividendos elevados, com dividend yield (rendimento com dividendos) de 8%.
Retornando a carteira, o Banco do Brasil substituiu o Mercado Livre. Embora o banco estatal possa reportar um primeiro trimestre fraco, seu valuation (avaliação de preço) descontado — negociado a 4 vezes o lucro esperado para 2025 — e dividend yield de 10% oferecem suporte. O Itaú completa a exposição.
Cosan entra como aposta mais arriscada
A holding Cosan foi incluída na carteira mesmo com seus desafios de alavancagem em um ambiente de juros altos. A decisão do BTG é sustentada pela confiança na nova gestão, que, segundo o relatório, tem mostrado pressa para melhorar o balanço.
O banco vê potencial de valorização se a companhia conseguir transferir valor da dívida para os acionistas (equity) e reduzir o desconto aplicado às ações da holding.
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Investidores estrangeiros seguem cautelosos
Apesar de terem comprado R$ 8 bilhões em ações brasileiras até abril, os investidores estrangeiros foram vendedores líquidos no mês (R$ 2,6 bilhões).
Ao ajustar pela venda de 4% da Vale feita pela Cosan no início do ano (vendida por R$ 9 bilhões), os estrangeiros praticamente não aumentaram exposição à Bolsa brasileira em 2025.
Segundo o BTG, há interesse crescente no Brasil, motivado por valuations atrativos, rotação de ativos (com saída dos EUA) e possível mudança política em 2026, mas as compras ainda se concentram em ações específicas.
Resgates de fundos
Os resgates dos fundos de ações locais continuam intensos. Em abril, saíram R$ 7,1 bilhões, valor próximo ao registrado em fevereiro e março.
Em 2025, os resgates já somam R$ 34,4 bilhões. A alocação dos fundos multimercados em ações segue baixa, com apenas 8% do patrimônio aplicado em renda variável. Segundo o BTG, o nível elevado da taxa Selic deve manter essa tendência no curto prazo.
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Desempenho da Carteira Recomendada do BTG Pactual
Em abril, a Carteira Recomendada 10SIM teve alta de 6,9%, ficando acima do Ibovespa (3,7%), principal índice da Bolsa brasileira, e do índice IBrX-50 (2,5%). Veja abaixo:

Em 2025, o portfólio acumula alta de 20,1%, se mantendo acima do Ibovespa (12,3%) e do IBX-50 (10,7%). A taxa do CDI subiu 4,1% no período.
Desde a gestão iniciada por Carlos E. Sequeira em 2009, o portfólio registra um ganho acumulado de 468,1%, superando a valorização do Ibovespa (119,6%) e do IBrX-50 (160,7%).