A Minerva (BEEF3) registrou lucro líquido de R$ 185 milhões no primeiro trimestre de 2025, revertendo o prejuízo de R$ 186,2 milhões reportado no mesmo período do ano anterior, segundo dados do balanço divulgado nesta quarta-feira (7).
A receita líquida da empresa totalizou R$ 11,196 bilhões entre janeiro e março, alta de 55,8% em relação aos R$ 7,187 bilhões obtidos no primeiro trimestre de 2024. Segundo a empresa, os números de receita líquida e Ebitda foram recordes.
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O Ebitda — indicador que mede o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização — somou R$ 962,5 milhões, crescimento de 53,1% em comparação ao ano anterior. A margem Ebitda foi de 8,6%, levemente abaixo dos 8,8% do mesmo período de 2024.
A receita bruta consolidada atingiu R$ 11,9 bilhões, avanço de 55% na comparação anual. As exportações responderam por R$ 6,634 bilhões da receita bruta, enquanto o mercado interno somou R$ 5,298 bilhões. A receita com embarques internacionais subiu 48,2%, enquanto o mercado interno cresceu 64,9%.
O desempenho foi impulsionado por fatores externos, como a retomada da demanda da China e a crise de oferta nos Estados Unidos, que enfrenta um dos piores ciclos pecuários de sua história.
China e EUA puxam vendas externas
A empresa destacou que China e Estados Unidos representaram 20% e 33%, respectivamente, da receita com exportação de carne bovina no trimestre.
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Em 2024, a Minerva obteve novas habilitações para exportação, incluindo quatro plantas autorizadas a vender para a China — fato que reforça sua presença global e capacidade de atender mercados estratégicos.
Volume de vendas e abate da Minerva crescem
O volume de vendas aumentou 19,8%, passando de 346,1 mil para 414,6 mil toneladas.
O número de bovinos abatidos subiu na mesma proporção, para 414,6 mil cabeças no trimestre. No consolidado do grupo, o total de abates chegou a 1,429 milhão de cabeças, alta de 38,7% na comparação anual.
Dívida e alavancagem aumentam
A dívida líquida da Minerva cresceu de R$ 8,995 bilhões em março de 2024 para R$ 15,585 bilhões no fim do primeiro trimestre deste ano. O índice de alavancagem — que relaciona a dívida líquida ao Ebitda dos últimos 12 meses — passou de 2,8 vezes para 3,7 vezes no período.