O chamado golpe da aproximação tem se tornado cada vez mais frequente no Brasil, principalmente com o avanço das redes sociais e aplicativos de mensagens. Essa prática consiste em alguém se aproximar de uma vítima, fingindo amizade ou até mesmo interesse amoroso, com o objetivo de obter vantagens financeiras de forma ilícita. A atuação dos golpistas costuma ser discreta e bem planejada, tornando difícil para a vítima perceber as reais intenções por trás da aproximação.
Com o passar do tempo, os criminosos desenvolvem uma relação de confiança, utilizando conversas diárias, elogios e demonstrações de afeto para conquistar a vítima. Quando o laço está fortalecido, eles passam a pedir dinheiro, favores ou dados pessoais, sempre com justificativas convincentes. Esse tipo de golpe pode causar prejuízos financeiros significativos e também abalar emocionalmente quem é enganado.
Como funciona o golpe da aproximação?
O golpe da aproximação começa com uma interação aparentemente inocente, seja em redes sociais, aplicativos de relacionamento ou até mesmo em ambientes físicos, como bares e festas. O golpista investe tempo em criar um vínculo, demonstrando interesse genuíno pela vida da vítima e compartilhando detalhes fictícios sobre si mesmo para gerar empatia.
Após conquistar a confiança, o criminoso apresenta uma situação de emergência ou necessidade financeira. Pode alegar problemas de saúde, dificuldades familiares ou oportunidades de investimento. O pedido de ajuda costuma ser feito de forma sutil, muitas vezes acompanhado de promessas de retribuição ou justificativas emocionais, o que dificulta a percepção do golpe.

Quais são os principais sinais de alerta?
Identificar o golpe da aproximação pode ser desafiador, já que os criminosos costumam agir com cautela e paciência. No entanto, alguns sinais podem indicar que a relação não é genuína. Pedidos de dinheiro, mesmo que pequenos, feitos por alguém que acabou de conhecer, são um dos principais alertas.
Outros indícios incluem histórias inconsistentes, relutância em encontrar pessoalmente, perfis com poucas informações ou fotos, e pressa em desenvolver intimidade. Além disso, o uso de argumentos emocionais para justificar solicitações financeiras deve ser encarado com desconfiança.
Golpe da aproximação: como se proteger?
Adotar medidas preventivas é fundamental para evitar cair no golpe da aproximação. Manter a cautela ao compartilhar informações pessoais e financeiras com pessoas recém-conhecidas é uma das principais recomendações. Sempre que possível, é importante verificar a veracidade das informações fornecidas pelo novo contato.
Outra dica é desconfiar de pedidos de dinheiro, especialmente quando feitos por pessoas que não fazem parte do círculo de confiança. Em casos de dúvida, conversar com amigos ou familiares sobre a situação pode ajudar a identificar possíveis tentativas de golpe.
O que fazer se for vítima desse tipo de golpe?
Ao perceber que foi vítima do golpe da aproximação, é importante agir rapidamente. O primeiro passo é interromper todo tipo de contato com o golpista e reunir o máximo de informações e provas, como conversas, comprovantes de transferência e dados do perfil utilizado pelo criminoso.
Em seguida, deve-se registrar um boletim de ocorrência na delegacia mais próxima ou pela internet, além de comunicar o banco sobre possíveis transações suspeitas. Procurar orientação jurídica e apoio psicológico também pode ser necessário, já que o impacto desse tipo de golpe vai além do prejuízo financeiro.
Por que o golpe da aproximação tem crescido nos últimos anos?
O aumento do uso de redes sociais e aplicativos de relacionamento facilitou a atuação de golpistas, que encontram nessas plataformas um ambiente propício para abordar potenciais vítimas. A facilidade de criar perfis falsos e a possibilidade de manter o anonimato contribuem para a disseminação desse tipo de crime.
Além disso, a busca por novas amizades e relacionamentos online tem crescido, especialmente após períodos de isolamento social. Esse cenário amplia as oportunidades para que criminosos se aproveitem da vulnerabilidade emocional das pessoas, reforçando a importância de estar atento aos sinais e adotar práticas seguras nas interações virtuais.