O salário mínimo no Brasil passou por um reajuste de R$ 106 em 2025, elevando o valor para um patamar que representa um aumento de 7,5%. Esse percentual superou o índice inflacionário do período, refletindo mudanças recentes na política de valorização do piso nacional. Apesar do acréscimo, o valor ficou aquém do que seria possível caso a antiga metodologia de cálculo ainda estivesse em vigor.
O novo valor do salário mínimo tem impacto direto na vida de milhões de brasileiros, influenciando não apenas os rendimentos de trabalhadores formais, mas também benefícios previdenciários e programas sociais. O ajuste anual é acompanhado de perto por diferentes setores da sociedade, pois afeta o poder de compra e o orçamento de famílias em todo o país.
Como é definido o reajuste do salário mínimo?

Até o final de 2024, a fórmula para calcular o reajuste do salário mínimo considerava a variação do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) e o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto). Essa combinação costumava resultar em aumentos mais expressivos, beneficiando principalmente os trabalhadores de menor renda. No entanto, a partir de 2025, foi implementada uma nova metodologia que limita o percentual de aumento, mesmo em cenários de crescimento econômico acima da média.
Com a mudança, o reajuste não pode ultrapassar 2,5% do crescimento do PIB, ainda que o desempenho da economia seja superior, como ocorreu recentemente, quando o PIB avançou 3,2%. Essa medida faz parte de um conjunto de ações para conter despesas públicas e garantir o equilíbrio fiscal, uma preocupação constante para o governo federal.
Quais são os efeitos do novo salário mínimo?
O novo valor do salário mínimo impacta diretamente diversos setores. Entre os principais efeitos, destacam-se:
- Aposentadorias e pensões: Benefícios pagos pelo INSS são reajustados conforme o piso nacional, afetando milhões de aposentados e pensionistas.
- Programas sociais: Transferências de renda, como o Bolsa Família, também utilizam o salário mínimo como referência para cálculos e elegibilidade.
- Mercado de trabalho: O piso salarial serve como base para negociações coletivas e contratos de trabalho em várias categorias.
Além disso, o reajuste influencia o consumo interno, já que eleva o poder de compra de uma parcela significativa da população. No entanto, o governo busca evitar aumentos excessivos para não comprometer as contas públicas, especialmente em um contexto de ajuste fiscal.
Por que o salário mínimo não foi maior em 2025?
A limitação imposta pela nova regra de reajuste foi determinante para que o salário mínimo não atingisse valores mais altos. Caso a fórmula anterior tivesse sido mantida, o piso poderia ter chegado a R$ 1.525, acompanhando mais de perto o crescimento econômico e a inflação. Entretanto, medidas de contenção de despesas aprovadas no final de 2024 estabeleceram um teto para o aumento, priorizando a responsabilidade fiscal.
Essa decisão foi tomada diante da necessidade de equilibrar as finanças públicas, especialmente em um cenário de aumento dos gastos obrigatórios e pressão sobre o orçamento federal. O objetivo é evitar desequilíbrios que possam afetar a estabilidade econômica do país.
O que muda para quem recebe benefícios atrelados ao salário mínimo?
Para quem depende de benefícios vinculados ao piso nacional, como aposentadorias, pensões e auxílios sociais, o reajuste de 2025 representa um acréscimo real no orçamento mensal. No entanto, o aumento ficou abaixo do potencial previsto anteriormente, o que pode limitar o impacto positivo no poder de compra dessas famílias.
O acompanhamento das regras de reajuste do salário mínimo é fundamental para entender as mudanças no cenário econômico e social do Brasil. A cada ano, a definição do novo valor envolve discussões sobre inflação, crescimento econômico e equilíbrio fiscal, refletindo a importância desse indicador para o país.