Os juros futuros encerraram em queda nesta segunda-feira (16), apesar do cenário global tenso, com o avanço dos rendimentos dos Treasuries e a preocupação geopolítica. Investidores reagiram positivamente à percepção de que o conflito Israel-Hamas não deve se intensificar, gerando impacto nos ativos de risco, dólar e petróleo, todos em baixa.
No mercado brasileiro, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 fechou em 10,940%, abaixo dos 10,988% do ajuste de sexta-feira. O movimento se estendeu para outras datas, com destaque para a queda da taxa do DI para janeiro de 2026, de 10,80% para 10,73%, indicando a busca por ativos mais seguros.
Perspectivas para investidores
Investidores buscaram recuperar parte dos prêmios embutidos na sexta-feira (13), quando a tensão na Faixa de Gaza aumentou. O alívio veio com a não concretização, até o momento, de uma invasão por terra. Estrategistas apontam que a expectativa é de que o conflito não se intensifique, oferecendo certo alívio aos ativos.
Movimentações nos mercados e indicadores econômicos
No cenário global, o dólar caiu abaixo de R$ 5,05, proporcionando alívio cambial. As taxas renovaram mínimas à tarde, acompanhando o maior apetite ao risco e ignorando a pressão dos Treasuries. Nos EUA, dados de atividade abaixo do esperado e a fala do presidente do Fed da Filadélfia indicando o fim do ciclo de aperto monetário contribuíram para o cenário positivo.
Perspectivas domésticas
O Banco Central divulgou a pesquisa Focus, com queda na mediana das previsões de IPCA para 2023 (4,83% para 4,75%). No entanto, o mercado permaneceu estável, uma vez que essa movimentação já era esperada após a surpresa positiva com o IPCA de setembro. O diretor do Banco Central, Mauricio Moura, enfatizou que o Copom não tem um alvo pré-definido para a Selic ao fim do ciclo.
Fonte: Broadcast
Imagem: Piqsels