Com base no comportamento dos preços de locação em 25 cidades brasileiras, o Indice FipeZAP+ apurou uma alta de 1,35% no aluguel residencial em julho de 2023. No mês, os imóveis residenciais com quatro ou mais dormitórios registraram a maior elevação no valor do aluguel (+2,00%), contrastando com o incremento mais modesto entre unidades residenciais com dois dormitórios (+1,04%). Em termos comparativos, o comportamento do índice superou as variações registradas pelo IPCA/IBGE (+0,12%) e pelo IGP-M/FGV (-0,72%).
Para captar de forma mais dinâmica a evolução da oferta e da demanda por moradia ao longo do tempo, o índice considera preços para novos aluguéis e não incorpora em seu cálculo a correção dos aluguéis vigentes, cujos valores são reajustados periodicamente de acordo com o especificado em contrato.
Dentre as 25 cidades que integram o cálculo do índice, 24 localidades acompanharam a valorização do índice, incluindo as seguintes capitais: Florianópolis (+2,38%); Curitiba (+1,68%); São Paulo (+1,58%); Rio de Janeiro (+1,53%); Porto Alegre (+1,47%); Brasília (+1,42%) Fortaleza (+0,84%); Goiânia (+0,72%); Recife (+0,66%); Salvador (+0,55%); e Belo Horizonte (+0,28%).
Com base nos últimos resultados, o levantamento acumulou uma alta de 10,71% no balanço parcial de 2023 (até julho), superando nesse recorte temporal as variações acumuladas do IPCA/IBGE (+2,99%) e do IGP-M/FGV (-5,15%). Individualmente, todas as 25 cidades monitoradas acompanharam o resultado médio do índice, incluindo as capitais anteriormente mencionadas: Florianópolis (+26,66%); Goiânia (+24,92%); Fortaleza (+14,52%); Rio de Janeiro (+14,18%); Curitiba (+12,42%) Belo Horizonte (+10,73%); São Paulo (+9,05%); Brasília (+8,71%); Porto Alegre (+7,86%); Salvador (+7,21%); e Recife (+4,74%).
Em análise dos últimos 12 meses encerrados em julho, considerando os resultados mensais, o índice de Locação Residencial passou a acumular uma alta nominal de 16,27%, resultado que também superou, nesse horizonte temporal, as variações acumuladas pelo IPCA/IBGE (+3,99%) e pelo IGP-M/FGV (-7,72%). A valorização mais expressiva abrangeu a locação de imóveis com um dormitório (+18,89%), contrastando com o aumento menos expressivo entre unidades de quatro ou mais dormitórios (+10,96%). Em termos de abrangência geográfica dessa valorização, todas as 25 cidades que integram a cesta do índice registraram incrementos nos preços do aluguel residencial, incluindo as 11 capitais desse rol: Goiânia (+37,39%); Florianópolis (+36,10%); Curitiba (+21,33%); Rio de Janeiro (+19,80%); Fortaleza (+18,09%); Belo Horizonte (+16,50%); Porto Alegre (+15,31%); Brasília (+14,27%); São Paulo (+14,03%); Recife (+9,10%); e Salvador (+7,92%).
O preço médio do aluguel de imóveis residenciais foi apurado em R$ 40,58/m2. Os maiores valores médios foram observados no aluguel de imóveis residenciais de um dormitório (R$ 51,71/m2) e os menores, entre unidades com três dormitórios (R$ 35,64/m2). Comparando-se os resultados apurados para as capitais envolvidas no cálculo do índice, a cidade de São Paulo (SP) apresentou o preço médio mais elevado (R$ 49,69/m2), seguida por: Florianópolis (R$ 49,41/m2); Recife (R$ 44,53/m2), Rio de Janeiro (R$ 42,99/m2); Brasília (R$ 39,59/m2); e Belo Horizonte (R$ 34,76/m2). Em contraponto, as capitais com os menores valores de locação residencial incluíram as seguintes: Fortaleza (R$ 26,63/m2); Porto Alegre (R$ 30,00/m2); Salvador (R$ 31,59/m2); e Goiânia (R$ 32,83/m2).
Com base em dados de julho de 2023, o retorno médio do aluguel residencial foi avaliado em 5,53% ao ano, patamar inferior à rentabilidade média projetada para aplicações financeiras de referência nos próximos 12 meses. Entre os tipos de imóveis residenciais, a maior rentabilidade foi identificada no aluguel de unidades com apenas um dormitório (+6,04% a.a.). Já no cômputo individual das capitais, destacaram-se os retornos da locação residencial em: Recife (6,96% a.a.) Salvador (6,13% a.a.); Goiânia (5,77% a.a.), Florianópolis (5,72% a.a.) e São Paulo (5,71% a.a.).
Cynara Escobar / Agência CMA
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