O Ibovespa, principal índice da nossa Bolsa, fechou em queda de 0,45%, aos 127.599,57 pontos, ainda refletindo a cautela do mercado em relação ao comunicado duro e a discordância dos membros do Comitê de Política Monetária (Copom).
A semana também foi marcada por incertezas sobre os impactos as enchentes no Rio Grande do Sul e pela temporada de balanços das empresas brasileiras que foi, em geral, positiva.
Andre Fernandes, head de renda variável e sócio da A7 Capital, disse que a Bolsa caiu e “boa parte da queda de hoje continua refletindo a decisão dividida do Copom, colocando maior incerteza quanto ao rumo das expectativas de inflação”.
Na semana, o índice acumulou perdas de 0,71%. No mês, o índice avança 1,33%, mas o ano ainda registra uma perda de 4,91%.
Mais cedo foi divulgado o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de abril, que subiu 0,38%, acima das estimativas do mercado — que eram de 0,35%. No acumulado em 12 meses até abril, o avanço foi de 3,69% contra previsão de 3,66%.
As atenções para a próxima semana ficam para a ata do Copom, que pode esclarecer mais sobre a divisão da última reunião, e para os dados de inflação nos Estados Unidos, o CPI de abril.
Mercado internacional
No cenário internacional, declarações de autoridades do Federal Reserve e do Banco Central Europeu indicam posturas divergentes em relação à política monetária, refletindo nas expectativas dos investidores.
Cenário corporativo
Na nossa Bolsa, a maioria das ações fecharam negativas. A Vale ON fechou em baixa de 0,34% e a Petrobras (ON -0,76%, PN -0,22%) também terminou no vermelho, embora em ajuste mais discreto do que a queda de 1,30% registrada pelo Brent nesta sexta-feira, em meio a receios quanto à demanda global.
Entre as maiores altas ficaram Alpargatas (+3,31%), Allos (+2,96%) e Rumo (+2,54%). No lado oposto, entre as maiores baixas, Magazine Luiza (-7,78%), Petz (-5,24%) e Localiza (-5,15%).
*Com informações da Agência CMA