O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, encerrou a sessão desta segunda-feira (5) em queda de 1,22%, aos 133.491 pontos, impactado pela cautela dos investidores antes das decisões de política monetária do Federal Reserve (Fed), nos Estados Unidos, e do Copom, no Brasil.
O mercado internacional opera em baixa nesta terça-feira (6), reagindo à falta de acordos comerciais após o adiamento das tarifas para diversos parceiros comerciais dos EUA.
No contexto da guerra comercial, aumenta o clima de aversão ao risco com demora em acordos comerciais dos EUA e após Trump ameaçar tarifa de 100% sobre filmes estrangeiros.
Após a notícia, ações de estúdios apresentaram quedas significativas: Netflix: -1,95%; Amazon: -1,91%; Apple: -3,15%; Warner: -1,99% e Paramount: -1,57%.
Destaque também para a divulgação de indicadores econômicos importantes, como a balança comercial dos EUA e atividade econômica na zona do euro.
No Brasil, o único indicador previsto é o PMI da S&P Global, enquanto o mercado aguarda a continuação da agenda de balanços.
Na véspera da decisão sobres os juros nos Estados Unidos e decisão do Copom, o dólar abriu em alta de 0,22%, cotado a R$ 5,70 e o dólar futuro avança 0,06%, a R$ 5,73. Os juros futuros abriram mistos, em queda na ponta longa e o Ibovespa futuro cede 0,26%, aos 135.615 pontos.
Manchetes desta manhã
- Indústria lidera lista de recuperações judiciais (Valor)
- Ministro assinou emenda que adiou controle de descontos de aposentados (Estadão)
- Juiz do TCU facilitou revalidação de descontos para entidades que são alvo devido a fraude no INSS (Folha)
- IDH: Brasil avança 5 posições em ranking de desenvolvimento humano (O Globo)
- Justiça manda associações devolverem descontos indevidos do INSS (Valor)
Mercado global
As Bolsas da Europa caem em bloco arrastadas pelo desempenho negativo das ações alemãs após o líder conservador Friedrich Merz não obter maioria parlamentar para se tornar chanceler.
O baixo desempenho dos índices também é atribuído, em partes, à expectativa para as decisões de política monetária do Fed e do Banco Central Europeu (BoE), e o impacto das tarifas no crescimento econômico.
Na Ásia, os mercados operaram majoritariamente em alta na volta do feriado, com a possibilidade de um acordo tarifário com os Estados Unidos. A exceção foi o índice Taiex, que encerrou o pregão em leve queda de 0,05%.
Em Nova York, os índices futuros abriram em queda, após declarações do presidente Donald Trump reduzirem as expectativas de alívio tarifário.
Confira os principais índices do mercado:
• S&P 500 Futuro -0,7%
• STOXX 600 -0,6%
• FTSE 100 -0,2%
• Nikkei 225 +1%
• Shanghai SE Comp. +1,1%
• MSCI EM -0,1%
• Dollar Index +0,1%
• Yield 10 anos +0,8bps a 4,3511%
• Bitcoin estável a US$ 94202,25
Commodities
- Petróleo: se recupera na busca por pechinchas, mas preocupações com o excesso de oferta ainda pesam. O brent/jul sobe 2,42%, a US$ 61,69 e o WTI/junho valoriza 2,49% a US$ 58,55.
- Minério de ferro: fechou estável em Dalian, na China, cotado a US$ 97,60/ton. Em Singapura, os contratos futuros sobem 1,04%, cotados a US$ 97,55/ton e o mercado à vista valoriza 0,87%, cotado a US$ 98,55/ton.
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Cenário internacional
Nos Estados Unidos, a agenda segue com poucos destaques às vésperas da decisão do Fed, como o leilão de títulos de 10 anos do Tesouro e a balança comercial de março, que apontou déficit de US$ 140,50, de – US$ 122,7 bilhões.
No setor corporativo, as ações da Berkshire Hathaway passaram a subir 0,1% no pré-mercado de NY, após queda de mais de 5% ontem com o anúncio de aposentadoria do CEO, Warren Buffet, que indicou Greg Abel como sucessor.
Na Zona do Euro, o PMI composto de abril caiu para 50,4, de 50,9 em março, e a inflação ao produtor (PPI) recuou 1,6% em março ante fevereiro, ante projeção do mercado de uma queda de 1%.
Na China, o PMI de serviços caiu para 50,7 em abril, de 51,9 em março.
Cenário nacional
No Brasil, às vésperas da decisão do Copom, a agenda está tranquila de indicadores econômicos, com a divulgação do PMI composto e de serviços pela S&P Global de abril, às 10h; além do leilão de LFTs e NTN-Bs do Tesouro.
Em Brasília, será instalada hoje na Câmara a comissão especial que analisará o projeto de lei que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para R$ 5 mil mensais, com expectativa de que o projeto seja votado somente no segundo semestre.
Entre os compromissos do dia, o presidente Lula tem reunião com ministros da Previdência às 15h, e após, embarca rumo à Rússia.
Na continuação do calendário de balanços, estão previstos para hoje os resultados da Caixa Seguridade, RD Saúde, Prio, Vamos, Vulcabras, Vibra Energia e Carrefour Brasil.
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Destaques no mercado corporativo
- Embraer: lucrou R$ 434 milhões no 1º trimestre, alta de 204% na comparação anual.
- TIM: lucrou R$ 798 milhões no 1º trimestre, alta de 54%.
- Azzas: o Conselho de Administração aprovou um programa de recompra de ações ordinárias, que prevê a aquisição de até 10% das ações ações ON.
- Sabesp: o Conselho de Administração autorizou a contratação de até US$ 600 milhões com o IFC, do Banco Mundial.
- CPFL Energia: renúncia de Karin Luchesi à vice-presidência e presidência de conselhos.
- Banco Master: o BRB enviou nova documentação ao BC para compra de fatia do banco de Daniel Vorcaro; linha do FGC pode ser aprovada esta semana.
Acompanhe as principais notícias do mercado financeiro nesta terça-feira também no Podcast Café do Mercado, uma produção do Monitor do Mercado, e apresentado por Lucas Rocco, CEO da Wiser | BTG Pactual.
O episódio de hoje já está no ar, nas principais plataformas de podcasts. Basta clicar na sua plataforma preferida para ouvir: Spotify; Deezer; Amazon Music; Podcasters. Ou ouvir clicando abaixo: