O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, encerrou o último pregão de maio (30) em queda de 1,09%, aos 137.026,62 pontos, marcando a terceira queda consecutiva, com uma perda acumulada de 0,58% na semana.
O desempenho negativo do índice intensificou após as falas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra a China, o que aumentou a cautela dos investidores.
O mercado internacional começa essa semana agitado, repercutindo a nova escalada da guerra comercial. Na sexta-feira (30) após o fechamento dos mercados, Trump anunciou que dobrará de 25% para 50% a tarifa sobre o aço e o alumínio já a partir desta quarta-feira (4).
Antes do anúncio, em seu perfil do Truth Social, o presidente dos Estados Unidos já havia acusado a China de quebrar o acordo comercial, aumentando as tensões globais.
No Brasil, a notícia das tarifas foi positiva para as ações da Gerdau no exterior, fazendo disparar as American Depositary Receipt (ADR) no after hours. No entanto, com viés negativo para outras metalúrgicas brasileiras.
Além da guerra comercial, pesa sobre o mercado doméstico a revisão da nota de crédito do Brasil pela Moody’s, que passou de “positiva” para “estável”, embora o rating soberano do país tenha sido mantido em Ba1, um nível abaixo do grau de investimento.
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Manchetes desta manhã
- Com oferta de ações em baixa, venda em bloco se aproxima do recorde (Valor)
- Prejuízo dobra, passa de R$ 1,7bi, e Correios vivem atrasos e apagão de insumos (O Globo)
- Tarcísio sobe gastos com isenções em ano eleitoral e põe em xeque discurso para se contrapor a Lula (Folha)
- Com R$ 7 bilhões em investimentos, GNA inaugura 2ª termelétrica (Valor)
Mercado global
As Bolsas da Europa operam em baixa, pressionadas pelas novas ameaças tarifárias de Trump sobre a importação de metais. A União Europeia respondeu, dizendo estar pronta para retaliações.
Impactando empresas do setor, ArcelorMittal e Aperam caíram cerca de 1% cada após o anúncio.
Na Ásia, os índices também recuam em resposta ao anúncio de Trump. Aumentando as tensões geopolíticas e comerciais, a China rejeitou acusações de Trump de que havia violado acordo de Genebra, classificando as alegações como “infundadas” e prometendo tomar “medidas enérgicas” para proteger seus interesses.
O Ministério do Comércio chinês declarou também que os EUA impuseram múltiplas ações “discriminatórias e restritivas”, incluindo novos controles de exportação de chips de IA, a suspensão das vendas de softwares de design de chips e a revogação de vistos para estudantes chineses.
Em Nova York, os índices futuros abriram em baixa, refletindo o aumento das tensões comerciais entre as maiores economias globais.
Confira os principais índices do mercado:
• S&P 500 Futuro -0,5%
• FTSE 100 -0,1%
• CAC 40 -0,8%
• Nikkei 225 -1,3%
• Hang Seng -0,6%
• Shanghai SE Comp. -0,5%
• MSCI World +0,1%
• MSCI EM -0,4%
• Bitcoin -0,5% a US$ 104443,63
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Commodities
- Petróleo: dispara com aumento de oferta da OPEP+ em confronto com risco geopolítico. O brent/ago sobe 3,47%, a US$ 64,96 e o WTI/jul valoriza 3,73%, a US$ 63,06.
- Minério de ferro: A bolsa de Dalian está fechada por feriado na China. O futuro do minério de ferro cai 0,5% em Singapura, a US$ 95,2 a tonelada.
Cenário internacional
Nos Estados Unidos, em meio à tensão comercial, neste domingo, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, expressou confiança de que Trump e o líder chinês, Xi Jinping, conversariam em breve e que isso será resolvido.
A agenda do dia traz como destaques o PMI industrial dos EUA às 10h45 e o ISM às 11h. No período da tarde, às 14h, o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, discursa em evento.
Durante a semana, sairão os dados do mercado de trabalho dos EUA, com Jolts na terça-feira (3), ADP na quarta-feira (4) e payroll na sexta-feira.
Na Europa, expectativa para o índice de inflação CPI na terça-feira (3) e a decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) na quinta-feira (5).
Cenário nacional
No Brasil, a semana segue esvaziada de indicadores econômicos, com destaque para a divulgação do tradicional Boletim Focus e para o anúncio da Aneel na sexta-feira (30) sobre a mudança para bandeira tarifária vermelha, patamar 1, em junho.
Durante a semana, a agenda tem como destaques a produção industrial de abril na terça-feira (3) e o PMI composto de maio na quarta-feira (4).
No cenário fiscal, o presidente da Câmara, Hugo Motta, volta a pressionar a Fazenda sobre o IOF, com defesa de derrubada do IOF sobre risco sacado, publicou o Valor.
Entre os compromissos do dia, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, participa, às 18h30, de debate sobre conjuntura econômica.
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Destaques no mercado corporativo
- Petrobras: cortou os preços do querosene de aviação (QAV) em 7,9%.
Gol: teve prejuízo de R$ 440 milhões em abril e receita de R$ 1,69 bilhão, segundo prévia operacional. - Azul: recebeu as aprovações iniciais para continuar reestruturação.
- Eletrobras: concluiu a troca de ativos com a Copel e garantiu R$ 196,6 milhões em caixa.
- JBS: CVM aprovou a dupla listagem da empresa no Brasil e EUA. Assim, o último dia de negociação das ações da JBS na B3 será na sexta-feira (6).
- Carrefour Brasil: concluiu a reorganização societária na sexta-feira e BDRs passam a ser negociadas hoje na B3, com o ticker “CAFR31”.
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