O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, encerrou a sessão desta quinta-feira (12) em alta de 0,49% aos 137.799,74 pontos, somando uma sequência de três altas consecutivas.
O movimento foi impulsionado pelas ações da Petrobras, que subiram após o governo admitir que está em negociação com estatais para liberar pagamentos de dividendos extraordinários aos acionistas. A empresa distribuiu cerca de 100 bilhões de reais em dividendos em 2024, repassando 40% ao governo.
A notícia gerou reação otimista do mercado com expectativa de pagamento de dividendos extraordinários pela Petrobras, fazendo as ações preferenciais (PN) subirem 2,25% e as ordinárias (ON) avançarem 2,76%.
No mercado internacional, a tensão geopolítica entre Israel e Irã, que escalou novas proporções na noite desta quinta-feira, deve dominar os negócios globais neste final de semana.
A sinalização de Netanyahu de que os conflitos devem se estender fez o petróleo subir próximo de 10% e os futuros de NY registraram fortes perdas.
Com isso, os investidores passaram a buscar refúgio no dólar, iene, Treasuries americanos e títulos do Japão. A Casa Branca declarou que os Estados Unidos não estão envolvidos nos conflitos.
No Brasil, a agenda de indicadores econômicos destaca a divulgação sobre o volume de serviços, em meio à crise fiscal entre governo e Congresso para provação da Medida Provisória (MP) que apresentou um pacote de impostos como alternativa ao decreto do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Em um novo desdobramento da crise na Câmara, após a reunião de líderes na manhã desta quinta-feira, Hugo Motta anunciou no X a decisão de pautar na segunda-feira (16) a urgência de um Projeto de Decreto Legislativo (PDL) para derrubar o novo pacote do IOF da Fazenda.
Com o clima tenso, o presidente Lula passou a intervir nas negociações, que devem ter novos desdobramentos nesta sexta-feira e ao longo da próxima semana.
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Manchetes desta manhã
- Motta pauta urgência de projeto que susta decreto do IOF; setor privado critica MP (Valor)
- Datafolha: Lula é visto como pior que Bolsonaro em inflação e segurança (Folha)
- Israel bombardeia o Irã em ofensiva para minar programa nuclear do país e mata lideranças militares (Estadão)
- Petróleo dispara até 13% após ataque de Israel ao Irã, e Bolsas caem (O Globo)
Mercado global
As Bolsas da Europa recuam com a escalada das tensões no Oriente Médio e investidores acompanhando o impacto sobre o petróleo e outros setores.
O mercado também repercute dados da produção industrial da zona do euro, que caiu 2,4% em abril, marcando a contração mensal mais acentuada desde julho de 2023, com queda da produção em todas as principais categorias.
Na Ásia, os índices encerraram a semana em forte queda, reagindo à tensão após ataque de Israel contra o Irã.
O movimento de queda foi liderado pela bolsa eletrônica chinesa Shenzhen, que caiu 1,10%, enquanto os índices de Xangai (-0,75%) e Hang Seng (-0,59%) tiveram as menores quedas.
Em Nova York, os índices futuros abriram em terreno negativo após a escalada das tensões entre Israel e Irã, que impulsiona o preço do petróleo e faz investidores buscarem por ativos mais seguros.
Confira os principais índices do mercado:
• S&P 500 Futuro -1,1%
• FTSE 100 -0,5%
• CAC 40 -1,1%
• Nikkei 225 -0,9%
• Hang Seng -0,6%
• Shanghai SE Comp. -0,8%
• MSCI World -0,3%
• MSCI EM -1%
• Bitcoin -1,3% a US$ 104678,88
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Commodities
- Petróleo: dispara com escalada de tensões entre Israel e Irã. O Brent para agosto dispara 8,98%, a US$ 75,59 e o WTI para julho sobe 9,20%, a US$ 74,30.
- Minério de ferro: fechou em queda de 0,14% em Dalian, na China, cotado a US$ 99,43/ton. Em Singapura, os contratos futuros recuam 0,52%, cotados a US$ 94,05/ton e o mercado à vista cede 0,47%, cotado a US$ 95,05/ton.
Cenário internacional
Nos Estados Unidos, diante dos conflitos no Oriente Médio, o presidente Donald Trump disse nas redes sociais que o Irã precisa fazer um acordo antes que não sobre mais nada.
Na agenda do dia, apenas a divulgação do índice de Confiança do Consumidor da Universidade de Michigan, às 11h, que traz expectativa de inflação de 12 meses e 5 anos de junho.
Para a próxima semana, a agenda terá como destaque as vendas no varejo e produção industrial da China no domingo (15), vendas no varejo e produção industrial dos EUA na terça-feira (17).
Na semana, ainda ocorrem as decisões de política monetária: o Federal Reserve (Fed) decide na quarta-feira (18) e o Banco da Inglaterra (BoE) e do Japão (BoJ) na quinta-feira (19).
Cenário nacional
No Brasil, a agenda do dia inicia com a divulgação sobre o volume de serviços prestados em abril, pelo IBGE, às 9h, com projeção do BTG Pactual de queda de 0,20% na comparação mensal e alta de 1,20% na anual.
Na próxima semana, destaque para o IBC-Br de abril na segunda-feira (16) e decisão de política monetária pelo Copom na quarta-feira (18).
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Destaques no mercado corporativo
- Minerva: o Cade aceitou a solicitação para ser a terceira interessada no processo que analisa a fusão da Marfrig e BRF.
- Grupo Casas Bahia: aprovou antecipar a conversão de debêntures em ações.
- JBS: deve começar a negociar hoje suas ações em NY.
- Neoenergia: vai pagar R$ 264 milhões em juros sobre capital próprio (R$ 0,21 por ação).
- B3: pagará R$ 378,5 milhões em juros sobre capital próprio.
- MRV: anunciou programa de recompra de até 6 milhões de ações ordinárias.