O dólar segue em queda. A inflação de julho nos Estados Unidos, que se manteve estável frente ao mês anterior, foi bem recebida pelo mercado, que previa uma alta de 0,2%. O resultado fez com que aumentassem as apostas por um Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) mais dovish (brando, menos propenso ao aumento dos juros) na reunião de setembro.
De acordo com o economista-chefe do Banco Alfa, Luis Otavio Leal, “o câmbio hoje reflete o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) e o aumento do apetite ao risco. o movimento é global, com o dólar perdendo para todas as moedas”.
Os investidores seguem com apetite ao risco e a Bolsa sobe após o resultado da inflação nos Estados Unidos (CPI, sigla em inglês) mostrar estabilidade em julho na comparação com o mês anterior e cria expectativa de que o banco central norte-americano deve adotar um tom mais suave em relação à elevação dos juros nos Estados Unidos.
O CPI mostrou estabilidade em julho frente junho e o mercado previa alta de 0,2%. No acumulado de 12 meses, a inflação ficou em 8,5% e desacelerou ante os 9,1% em junho. A previsão do mercado era de alta de 8,7%.
Outro fator que favorece a Bolsa, observado há dias, é a rotação de papéis saindo de
commodities para ações do mercado interno com a queda dos juros futuros. Grupo Soma (SOMA3) subia mais de 8%, Magazine Luiza (MGLU3) avançava 6,16%. Já a Vale caía 0,68%.
As taxas curtas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DI) operam em queda após dados de inflação nos EUA, que ficou em 8,5% no acumulado em 12 meses até julho abaixo dos 9,1% do mês anterior.
Os dados surpreenderam positivamente, com uma desaceleração um pouco mais forte do que esperava o mercado, afirmou Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos. Os dados foram bastante puxados pelo preço de energia. Os dados de inflação mais fraco podem ajudar o FED a reduzir o ritmo da alta de juros, completou.
Pedro do Val de Carvalho Gil / Agência CMA
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