O mercado financeiro brasileiro começou a semana em queda. O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores, caiu mais de 1% e voltou ao patamar dos 133 mil pontos nesta segunda-feira (5).
O movimento foi influenciado por uma combinação de fatores externos e internos, com destaque para as tensões comerciais entre Estados Unidos e China, o recuo do petróleo e a expectativa pela Super Quarta. O dólar à vista encerrou o dia em leve alta, cotado a R$ 5,69.
A análise sobre o desempenho da Bolsa, do cenário macroeconômico e muito mais já está disponível no episódio desta terça-feira (6) do podcast “Café do Mercado”, nas principais plataformas de podcasts, e apresentado por Lucas Rocco, CEO da Wiser | BTG Pactual.
- 🎧 Os segredos do mercado no seu ouvido! Ouça os podcasts do Monitor do Mercado e descubra insights valiosos para investir melhor.
Tensão entre EUA e China volta ao radar
Um dos principais gatilhos da queda foi a notícia de que o governo dos EUA pretende aplicar uma tarifa de 100% sobre filmes estrangeiros. A medida impactou ações de empresas do setor de mídia como Netflix e Warner, que caíram nos mercados internacionais.
Além disso, o cancelamento de um possível encontro entre o presidente dos EUA e Xi Jinping, da China, alimentou a incerteza sobre um acordo comercial entre os países, o que aumentou a cautela dos investidores.
Bolsas dos EUA interrompem sequência de alta
As bolsas americanas haviam registrado a maior sequência de altas em 20 anos, sustentadas por expectativas de um acordo entre China e EUA e uma desaceleração nos juros. Com os sinais contrários, os investidores se tornaram mais avessos ao risco.
Mesmo com os receios de recessão diminuindo, indicadores recentes — como o desempenho do setor de serviços e os dados de emprego — indicam que a economia americana segue aquecida. Isso reduz a possibilidade de o Federal Reserve (Fed) cortar os juros no curto prazo, como deseja o ex-presidente Donald Trump.
Petrobras recua com pressão do petróleo
No Brasil, a Petrobras teve queda acentuada em mais de 2,5% nas ações preferenciais e ordinárias, atingindo o menor patamar do ano. A desvalorização ocorreu após a Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) anunciar um aumento de 400 mil barris por dia na produção a partir de junho.
A medida pressionou os preços do petróleo, que ontem recuaram fortemente. Nesta terça-feira, a commodity tenta uma recuperação e sobe quase 3%, sendo negociada a cerca de US$ 58 o barril — ainda abaixo dos US$ 60 observados recentemente.