O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou esta quinta-feira (8) em alta de 2,12%, aos 136.231,90 pontos, no maior patamar desde 5 de setembro. O giro financeiro foi de R$ 34,7 bilhões.
Durante a sessão, o índice chegou aos 137.634,57 pontos, ultrapassando a máxima histórica intradiária anterior, de agosto, mas sem conseguir manter o nível no fechamento.
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A alta foi impulsionada pelo maior apetite por risco no mercado global, impulsionado por anúncios feitos nos Estados Unidos e a leitura de que a taxa básica de juros no Brasil pode ter alcançado seu pico.
Indicadores domésticos também contribuíram para a alta da Bolsa. As exportações brasileiras atingiram recorde de US$ 30,4 bilhões em março, alta de 0,3% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Além disso, a produção industrial cresceu 1,2% no período, superando as expectativas do mercado.
Expectativa de fim da alta da Selic agrada mercado
O Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa Selic em 0,5 ponto percentual, para 14,75% ao ano, em linha com as expectativas. No entanto, o comunicado da decisão foi interpretado como “dovish” — termo usado para indicar uma postura mais branda em relação à política monetária.
Segundo analistas, dois sinais reforçaram essa leitura: o Copom não indicou uma direção provável para a próxima reunião e deixou de caracterizar o balanço de riscos para a inflação como assimétrico (voltado para cima). Isso abre espaço para uma eventual interrupção do ciclo de alta.
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Destaques do Ibovespa
No setor bancário, as ações do Bradesco dispararam após a divulgação do balanço do banco. Os papéis ordinários (BBDC3) subiram 14,04%, e os preferenciais (BBDC4), 15,64%. O movimento contaminou positivamente os demais grandes bancos: Santander (SANB11) avançou 4,13%, e Itaú (ITUB4) teve alta de 0,80%.
No setor de commodities, Petrobras registrou ganhos (PETR3 +1,69%, PETR4 +1,39%). Já a Vale (VALE3), papel com maior peso no índice, caiu 0,30% e limitou a alta do Ibovespa.
Entre as maiores altas do dia, ficaram Azzas (+22,03%), Bradesco (+15,64% e 14,04%) e CVC (+11,06%). Enquanto isso, Minerva (-7,69%), Ultrapar (-3,69%) e TIM (-2,88%) tiveram os piores desempenhos da sessão.
Acompanhe gráfico Ibovespa (em tempo real):
Exterior também impulsiona mercado
Nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump anunciou um novo acordo comercial com o Reino Unido. Foi o primeiro acordo do país após medidas protecionistas anunciadas em abril. Em Nova York, os principais índices acionários subiram: Dow Jones (+0,62%), S&P 500 (+0,58%) e Nasdaq (+1,07%).
O otimismo internacional também refletiu no mercado de criptomoedas. O bitcoin ultrapassou os US$ 100 mil, maior valor em três meses.
