Nos últimos anos, têm surgido diversos relatos sobre golpes envolvendo promessas de revisão de aposentadoria com devolução de valores. Esse tipo de fraude tem afetado principalmente aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que muitas vezes buscam formas de aumentar o benefício ou recuperar valores supostamente pagos a menos. A abordagem dos golpistas costuma ser sofisticada, utilizando informações reais para convencer as vítimas.
O contato inicial normalmente ocorre por telefone, e-mail ou até mesmo por aplicativos de mensagens. Os criminosos se apresentam como advogados, servidores públicos ou representantes de entidades ligadas à Previdência Social. Eles informam ao beneficiário que há uma revisão disponível e que existe um valor significativo a ser devolvido, desde que seja feito um pagamento antecipado de taxas ou honorários.
Como funcionam os golpes de revisão de aposentadoria?
Os golpes de revisão de aposentadoria com devolução de valores seguem um roteiro bem definido. Inicialmente, os fraudadores entram em contato com a vítima, alegando que ela tem direito a uma revisão no benefício previdenciário. Para tornar a fraude mais convincente, os golpistas costumam citar dados pessoais, como número do benefício, nome completo e até informações bancárias, obtidas de forma ilícita.
Em seguida, é solicitado que o aposentado faça um depósito ou transferência bancária para custear supostas taxas administrativas, honorários advocatícios ou despesas judiciais. Os valores pedidos variam, mas, em geral, são quantias que não chamam tanta atenção, justamente para não levantar suspeitas. Após o pagamento, os criminosos desaparecem e não há qualquer devolução de valores ou revisão do benefício.

Quais sinais indicam um possível golpe?
Identificar um golpe de revisão de aposentadoria pode ser desafiador, já que os criminosos utilizam argumentos plausíveis e documentos falsificados. No entanto, alguns sinais de alerta podem ajudar a evitar prejuízos:
- Solicitação de pagamento antecipado: O INSS e órgãos oficiais não exigem depósitos prévios para revisão de benefícios ou devolução de valores.
- Contato por canais não oficiais: Mensagens por aplicativos, ligações de números desconhecidos ou e-mails sem domínio institucional devem ser vistos com desconfiança.
- Pressa para o pagamento: Golpistas costumam pressionar para que a vítima faça o depósito rapidamente, alegando prazos curtos ou risco de perda do benefício.
- Documentos suspeitos: Papéis com erros de português, ausência de timbres oficiais ou informações genéricas são indícios de fraude.
Como se proteger de golpes de revisão de aposentadoria?
Para evitar cair em fraudes relacionadas à revisão de aposentadoria com devolução de valores, é fundamental adotar algumas medidas preventivas. O primeiro passo é desconfiar de qualquer contato que solicite informações pessoais ou pagamentos antecipados. Sempre que houver dúvida, recomenda-se buscar orientação diretamente nos canais oficiais do INSS, como o site Meu INSS ou a Central 135.
- Jamais forneça dados pessoais ou bancários por telefone, e-mail ou aplicativos de mensagens.
- Não realize depósitos ou transferências para pessoas físicas ou contas desconhecidas.
- Consulte advogados de confiança ou procure a Defensoria Pública para obter informações sobre revisões legítimas.
- Fique atento a promessas de ganhos fáceis ou devoluções de valores altos sem explicação detalhada.
O que fazer ao identificar ou sofrer um golpe?
Se houver suspeita de tentativa de golpe, a recomendação é registrar a ocorrência na delegacia mais próxima ou pela internet, caso o estado disponibilize esse serviço. Também é importante comunicar o INSS e o banco responsável pela conta, para evitar prejuízos maiores. Manter-se informado sobre as principais fraudes e compartilhar orientações com familiares e amigos pode ajudar a reduzir o número de vítimas.
O tema dos golpes envolvendo revisão de aposentadoria com devolução de valores exige atenção redobrada dos beneficiários e de seus familiares. A informação e a cautela são as melhores formas de proteção contra esse tipo de crime, que segue fazendo vítimas em todo o Brasil em 2025.