O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) avançou 0,2% em abril, na comparação com março, segundo dados divulgados pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira (16).
O indicador, considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), superou as expectativas do mercado, que projetava alta de apenas 0,1%, impulsionado pelo bom desempenho do setor de serviços, enquanto o agro e a indústria recuaram.
Na comparação com abril de 2024, o IBC-Br subiu 2,5%. Já no acumulado de 12 meses, o índice mostra um crescimento de 4%.
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Serviços sustentam a alta; agro e indústria recuam
O desempenho do setor de serviços foi o principal motor do resultado positivo, com alta de 0,4% no mês. O segmento representa a maior parte da economia brasileira e tem sido o mais resiliente diante do atual cenário macroeconômico.
Confira o desempenho de cada setor:
- Serviços: cresceu 0,4%
- Agropecuária: recuou 0,9%
- Indústria: caiu 1,1%
O IBC-Br de impostos também foi destaque, com avanço de 0,6% em abril. Já o indicador que exclui a agropecuária (ex-agro) teve alta de 0,1%.
IBC-Br desacelera na comparação mensal
Apesar da alta em abril, o indicador mostra uma desaceleração na comparação com o mês anterior. Em março, o IBC-Br avançou 0,8% ante fevereiro.
No acumulado do primeiro trimestre de 2025, o índice registra avanço de 1,3%, em linha com o crescimento de 1,4% do PIB oficial no mesmo período, divulgado pelo IBGE.
A manutenção do crescimento, mesmo em um cenário de política monetária restritiva, indica uma economia mais resiliente do que se esperava.
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IBC-Br exerce pressão sobre a política monetária
O IBC-Br é uma das variáveis acompanhadas de perto pelo Banco Central para orientar suas decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic. O desempenho da atividade econômica, aliado ao comportamento da inflação, influencia diretamente a política monetária.
Desde o fim de maio, após a repercussão negativa da alta do decreto para aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), o mercado passou a reavaliar as chances de um novo aumento da Selic.
As apostas em uma alta de 0,25 ponto percentual subiram de 14,5% em 27 de maio para 69% em 6 de junho, segundo dados das negociações no mercado futuro e atualmente, 50% dos participantes do mercado já precificam esse cenário como o mais provável.