A taxa de desemprego no Brasil foi de 6,4% no trimestre encerrado em setembro, registrando uma queda de 0,5% em relação ao trimestre anterior, que foi de 6,9%, segundo os dados divulgados nesta quinta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua).
Na comparação com o mesmo período do ano passado, a taxa de desemprego caiu 1,3 p.p., atingindo o segundo menor nível da série histórica da PNAD Contínua, iniciada em 2012, atrás somente do trimestre encerrado em dezembro de 2013.
Desemprego atinge a menor quantidade de pessoas desde 2015
O número de pessoas desocupadas no país caiu para 7 milhões, representando uma redução de 541 mil pessoas (-7,2%) em relação ao trimestre anterior e de 1,3 milhão (-15,8%) em comparação anual. Esse é o menor contingente de desempregados desde o trimestre encerrado em janeiro de 2015.
Já a população ocupada no período chegou a 103 milhões de pessoas, um novo recorde da série histórica, com aumentos de 1,2% em relação ao trimestre anterior e de 3,2% em relação ao ano anterior. O nível de ocupação, que mede a proporção de pessoas em idade ativa que estão empregadas, ficou em 58,4%.
Setor privado bate recorde de empregados
O número de empregados no setor privado chegou a 53,3 milhões, maior número registrado desde o início da série, em 2012. Destes, 39 milhões trabalham com carteira assinada, também um recorde, com aumento de 1,5% no trimestre e de 4,3% no ano.
O total de trabalhadores sem carteira assinada, que inclui 14,3 milhões de pessoas, teve crescimento de 3,9% no trimestre e de 8,1% na comparação anual.
Salário médio se manteve estável
O rendimento médio real dos trabalhadores, considerando todos os empregos, foi de R$ 3.227, mantendo-se estável no trimestre e crescendo 3,7% no ano. A massa de rendimento, que soma os ganhos de todos os trabalhadores, foi de R$ 327,7 bilhões, um aumento de 7,2% em relação ao mesmo trimestre do ano passado.
A taxa de informalidade, que mede a proporção de trabalhadores que atuam sem vínculo formal, foi de 38,8%, representando 40 milhões de trabalhadores. Este índice era de 38,6% no trimestre anterior e de 39,1% no mesmo período de 2023.
A população desalentada, ou seja, aqueles que desistiram de procurar emprego, ficou em 3,1 milhões, o menor número desde 2016. A taxa composta de subutilização, que inclui desocupados, subocupados e desalentados, foi de 15,7%, recuando 0,8 p.p. no trimestre e 1,9 p.p. no ano.