O dólar comercial fechou cotado a R$ 5,4250, com alta de 0,37%. A moeda norte-americana passou a subir após a Bloomberg divulgar reporte apontando que a Apple planeja diminuir as contratações e reduzir os gastos no próximo ano, o que na visão dos investidores é mais um ingrediente para uma possível recessão econômica global.
Segundo o analista da Ouro Preto Investimentos, Bruno Komura, “a Apple cortar gastos reflete as incertezas do mercado, que não recebeu bem isso”.
Komura, porém, acredita que a semana, esvaziada de indicadores, tende a ser mais tranquila, mas alerta: “Isso deve mudar à medida que a próxima reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) se aproximar”, observa.
De acordo com o head de análise macroeconômica da GreenBay Investimentos, Flávio Serrano, “existe a mudança de percepção de que o pior da inflação talvez já tenha ficado para trás. De qualquer forma, vai haver uma desaceleração nos Estados Unidos, e o aperto do ciclo monetário tem este objetivo”.
Para o economista-chefe da Nova Futura Investimentos, Nicolas Borsoi, “a notícia do Wall Street Journal sugerindo que o Fed deve elevar os juros em 0,75% em 27 de julho reduz os receios com uma postura superagressiva na política monetária americana, abrindo espaço para um rali de alívio em um mercado muito castigado nas últimas semanas, apesar da persistência de um cenário macro bastante desafiador”.
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