O dólar comercial abriu em forte alta. Este movimento reflete a aversão global ao risco, com o mercado aumentando as apostas em um Comitê Federal de Mercado
Aberto (Fomc, na sigla em inglês) mais duro na reunião do próximo 27, o que fortalece o dólar contra seus pares e emergentes.
Para o sócio fundador da Pronto! Invest, Vanei Nagem, “a aversão ao risco é global com a inflação persistente nos Estados. As taxas de juros abriram muito hoje, e isso é preocupante”.
O CPI (índice de preços ao consumidor, na sigla em inglês), divulgado ontem, subiu 1,3% em junho ante maio (projeção de 1,1%) e 9,1% no acumulado dos últimos 12 meses (projeção de 8,8%).
Nagem entende que aumentaram as chances de um Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) mais agressivo, o que faz com que diminua o fluxo estrangeiro especialmente nos países em desenvolvimento, além de enfraquecer as moedas dos emergentes.
Por volta das 9h33 (horário de Brasília), o dólar comercial subia 0,68%, cotado a R$ 5,4410 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em agosto de 2022 avançava 0,86%, cotado a R$ 5.465,00.
Paulo Holland / Agência CMA
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