A Europa se prepara para uma paralisação prolongada do fornecimento de gás russo à medida que os trabalhos de manutenção no gasoduto Nord Stream 1, que traz gás para a Alemanha através do Mar Báltico, tem início hoje.
O gasoduto que liga os campos de gás da Rússia com a Alemanha sob o Mar Báltico permanecerão fechados para manutenção anual até 21 de julho, segundo informou o consórcio por trás do gasoduto, que é de propriedade majoritária da gigante russa de energia Gazprom.
“A Nord Stream AG desligará temporariamente ambas as linhas de seu sistema de gasodutos para trabalhos de manutenção de rotina, incluindo testes inclusivos de elementos mecânicos e sistemas de automação para garantir uma operação confiável, segura e eficiente do gasoduto”, informou a empresa num comunicado divulgado no último dia 01 de julho.
O gasoduto é a maior fonte de importação de gás da Europa, transportando cerca de 55 bilhões de metros cúbicos do combustível por ano da Rússia para a Alemanha. Ao todo, a Europa recebe cerca de 40% do todo o seu gás importado de Moscou, apesar de o continente ter começado a reduzir essa dependência após a invasão da Ucrânia pelos russos.
No final de junho, a Gazprom reduziu em 60% o fluxo de gás para o continente europeu, o que fez países como Alemanha, Itália e Áustria a voltarem a usar o carvão mineral como fonte de energia, que é bem mais poluente.
Moscou culpou a falta de peças de turbina que estavam presas no Canadá devido às sanções ocidentais. Autoridades e analistas europeus rejeitaram a explicação e chamaram as restrições de um movimento político para pressionar a Europa e retaliar pelas sanções.
O estrangulamento do fornecimento de gás pela Rússia levantou temores em toda a Europa de que várias nações poderiam enfrentar uma escassez de combustível no inverno. Isso também aumentou os preços do gás, pressionando ainda mais as economias que já estão lutando contra a inflação elevada.
Darlan de Azevedo / Agência CMA
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