O primeiro ministro do Reino Unido, Boris Johnson, sucumbiu à pressão do próprio governo e do Partido Conservador, anunciando sua renúncia ao cargo nesta quinta-feira (7).
Nos últimos dias, uma onda de demissões do governo britânico, incluindo a do ministro das Finanças, Rishi Susak, aumentou a pressão sobre Johnson, que tentava se manter no cargo.
Agora, ele anunciou que vai deixar o posto, mas se propôs a ocupar a cadeira até que seja feita a escolha de seu sucessor.
“Está claro que o desejo do Partido Conservador é ter um novo líder”, disse Johnson, completando que o processo de escolha deverá começar imediatamente.
“Eu gostaria de deixar claro o quanto estou triste por abrir mão do melhor trabalho do mundo”, afirmou, segundo o New York Times.
A gota d’água que resultou na demissão de Boris Johnson foi um escândalo de assédio envolvendo o então líder do governo no Parlamento, Chris Pincher, afastado na última terça-feira.
Ele foi acusado assediar duas pessoas em um clube.
Nesta terça-feira, junto aos anúncios de renúncia, um ex-funcionário do Ministério de Relações Exteriores do Reino Unido acusou Johnson de ter conhecimento do comportamento de Pincher e de queixas de conduta inapropriada do líder do Parlamento.
“O sr. Johnson foi informado pessoalmente sobre o início e o resultado da investigação”., afirmou McDonald, membro da câmara alta do Parlamento.
A investigação em questão foi feita em 2019, no mesmo ano que Boris o nomeou para o cargo de Ministro de Estado.
*Imagem: Wikipedia